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Setembro de 2024
Brasil

Especulações

Quem serão os ministros de Lula?

O que se sabe até agora

Foto: Divulgação
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Henrique Meirelles (União Brasil) poderá  voltar ao ministério da  Fazenda (economia) 

10 novembro, 2022

Assunto bastante explorado mesmo antes da disputa do segundo turno, os ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  seguem um mistério quase duas semanas depois do triunfo do petista sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL). Bastante questionado até por seu adversário na disputa presidencial sobre quais seriam as pastas e quem as assumiria, Lula ainda não confirmou nada neste sentido, o que deu margem a especulações nos últimos 11 dias. De certo, apenas o anúncio feito pelo presidente eleito nesta quinta-feira (10/11) de que seu vice, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), não será ministro em seu governo. Lula colocou Alckmin como coordenador da equipe de transição do governo e explicou que o antigo rival não disputará um ministério justamente por já ocupar o cargo de vice-presidente.

Aliados na disputa
A tendência é de que Lula se cerque de nomes que o ajudaram a montar a frente ampla que derrotou o bolsonarismo na disputa pela presidência, tanto os antigos aliados quanto os mais recentes. Um dos nomes fortes cotados para assumir alguma pasta é o de Simone Tebet (MDB). A terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial não só manifestou apoio a Lula no segundo turno como se tornou peça-chave e atuante na campanha do petista. Outros ex-candidatos à presidência são cogitados como futuros ministros do novo governo. Ex-ministro da Fazenda e candidato pelo MDB na eleição de 2018, Henrique Meirelles (União Brasil) é um destes nomes e pode voltar a assumir a Fazenda, segundo informações do jornal Valor Econômico. Quem também se enquadra nessa categoria é Marina Silva. Ex-ministra do Meio Ambiente nos primeiros mandatos de Lula, a deputada federal, eleita pelo Rede em 2022, rompeu com o PT após divergências e lançou-se candidata à presidência em três oportunidades (2010, 2014 e 2018), sendo derrotada no primeiro turno em todas. Agora, pode voltar ao Meio Ambiente ou às Relações Exteriores. Por outro lado, antigos aliados do presidente eleito e do PT também devem ter espaço nos ministérios. Derrotado no segundo turno da eleição para o Governo de São Paulo e ex-ministro da Educação de Lula e Dilma Rousseff, Fernando Haddad é um dos mais cotados para a Casa Civil, a Fazenda, as Relações Exteriores ou o Planejamento. A presidente nacional do partido e ex-ministra-chefe da Casa Civil no governo de Dilma, Gleisi Hoffmann é cotada novamente na Casa Civil, assim como Jaques Wagner, ex-governador da Bahia e ex-ministro-chefe da Casa Civil sob a tutela de Dilma, também apontado para o Ministério da Defesa.

Novas caras e ministérios
Se rostos conhecidos da política brasileira podem aparecer chefiando pastas no Governo Federal a partir de 2023, há especulações de que nomes famosos por outras atividades se juntem à equipe. De acordo com as especulações, a cantora Daniela Mercury pode assumir no Ministério da Cultura, assim como Bela Gil e sua mãe, Flora. Curiosamente, o pai de Bela e marido de Flora, Gilberto Gil, esteve à frente da pasta nos primeiros mandatos de Lula, entre 2003 e 2008. Além das novas caras, Lula deve implementar a criação de novos ministérios. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, há a expectativa de que as atuais 23 pastas - são 18 ministérios, duas secretarias e dois órgãos equivalentes - aumentem para até 34. Três das atuais pastas do governo Bolsonaro devem ser desmembradas em nove. O Ministério da Economia se transformaria nos ministérios da Fazenda, Planejamento e Comércio Exterior. A Justiça e Segurança Pública pode virar as pastas da Justiça, da Segurança Pública e dos Povos Originários. Já o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos se tornaria os ministérios dos Direitos Humanos, da Mulher e da Igualdade Racial. Há, por fim, a expectativa de que Lula recrie os ministérios da Cultura e da Pesca, reduzidos a secretarias pelo atual presidente.

Confira os possíveis ministros e pastas para 2023:
Advocacia-Geral da União
Jorge Messias

Silvio Almeida

Casa Civil
Jaques Wagner

Fernando Haddad

Wellington Dias

Gleisi Hoffmann

Controladoria-Geral da União
Gabinete de Segurança Institucional
Agricultura
Neri Geller

Carlos Fávaro

Simone Tebet

Cidadania/Desenvolvimento Social
Simone Tebet

Eliziane Gama

Tereza Campello

Ciência e Tecnologia
Márcio França

Cultura
Daniela Mercury

Bela Gil

Flora Gil

Gabriel Chalita

Marcelo Freixo

Defesa
Jaques Wagner

Educação
Simone Tebet

Izolda Cela

Fazenda
Fernando Haddad

Alexandre Padilha

Rui Costa

Wellington Dias

Henrique Meirelles

Pérsio Arida

Igualdade Racial
Indústria e Comércio Exterior
Josué Gomes da Silva

Márcio França

Infraestrutura
Mirian Belchior

Justiça
Flávio Dino

Ricardo Lewandowski

Marco Aurélio Carvalho

Silvio Almeida

Pierpaolo Bottini

Sérgio Renault

Mulher
Pesca
Saúde
Ludhmila Hajjar

Roberto Kalil

Alexandre Padilha

Segurança Pública
Marcelo Freixo

Flávio Dino

Comunicações
Jader Filho

Relações Exteriores
Aloísio Mercadante

Maria Luiza Viotti

Marina Silva

Mauro Vieira

Fernando Haddad

Minas e Energia
Desenvolvimento Regional
Guilherme Boulos

Márcio França

Meio Ambiente
Marina Silva

João Paulo Capobianco

Fernando Haddad

Planejamento
Fernando Haddad

Aloísio Mercadante

Gleisi Hoffmann

Rui Costa

Trabalho e Previdência
Turismo

Marta Suplicy

Direitos Humanos
Povos Originários

Sônia Guajajara

Célia Xakriabpa

Beto Marubo

Relações Institucionais/Governo
Alexandre Padilha

Secretaria Geral
Marco Aurélio Carvalho