Quarta-feira, 27 de
Novembro de 2024
Brasil

Prisão

Quem é a cantora Fernanda Ôliver, presa em operação contra atos golpistas

Vídeo publicado pela jovem nas redes sociais mostra que ela participou e incentivou alguns dos atos realizados por bolsonaristas

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Cantora Fernanda Ôliver é presa pela Polícia Federal em Goiânia - Goiás

17 agosto, 2023

A cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira, conhecida como Fernanda Ôliver, foi presa pela Polícia Federal em Goiânia nesta quinta-feira (17/8) por incentivar atos golpistas praticados em 8 de janeiro. Na ocasião, bolsonaristas invadiram as sedes dos três Poderes, em Brasília. Um vídeo publicado pela jovem nas redes sociais mostra que ela participou e incentivou alguns dos atos realizados por bolsonaristas. A informação da prisão de Fernanda foi confirmada por fontes ligadas à operação. A reportagem entrou em contato com a assessoria da cantora para um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. Apesar de morar em Goiânia, Fernanda nasceu em Araguaçu, no Tocantins, no ano de 1998. Com quase 140 mil seguidores no Instagram, a jovem usa as redes sociais para divulgar seu trabalho como cantora. No vídeo, publicado por Fernanda nas redes sociais, ela aparece falando trajando a bandeira do Brasil nos ombros, além de usar outros adereços, como bonés. Na filmagem, ela aparece em acampamentos bolsonaristas realizados em Goiânia e Brasília. Segundo informações divulgadas pela própria cantora, sua trajetória na música iniciou aos 3 anos de idade, quando ela começou a cantar e a participar de grandes festivais na cidade em que nasceu. Além da cantora gospel, outro mandado de prisão foi cumprido em Goiás pela Polícia Federal na operação Lesa Pátria. Também são cumpridos dois mandados de busca e apreensão no estado.

Invasão aos Três Poderes
Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto após confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras. Policiais militares tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional. Vidraças da sede do Congresso foram quebradas. Os policiais também usaram bombas de efeito moral na tentativa de conter os participantes do ato antidemocrático. O Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal para manter a ordem após a invasão. Lula anunciou o decreto na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, durante visita para avaliar estragos causados pelas chuvas no município. O decreto vigorou até 31 de janeiro. Com a intervenção, os órgãos de segurança pública do Distrito Federal ficaram sob responsabilidade do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Cappelli, nomeado como interventor, subordinado a Lula.