Segunda-feira, 30 de
Setembro de 2024
Brasil

Acusação

Queiroga culpa Pazuello por falta de vacinas para segunda dose

O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou o anterior, Eduardo Pazuello, pela falta de vacinas

Foto: Divulgação
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Para Queiroga (foto) o atraso "decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose

03 maio, 2021

Brasília (DF) - Seis capitais ainda não retomaram a vacinação da segunda dose contra o coronavírus. O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, culpou a estratégia do anterior, Eduardo Pazuello, que liberou todo o estoque disponível como primeira dose. Para Queiroga, o atraso "decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose". "Logo que houver entrega da Coronavac, [o problema] será solucionado", disse ele. A vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac dependem de duas doses aplicadas em 28 dias para a imunização completa. As seis capitais que continuam sem vacinar são: Aracaju, Fortaleza, Porto Alegre, Porto Velho, Recife e Rio de Janeiro. Em fevereiro, Pazuello orientou as prefeituras a usar todo o estoque para garantir a primeira dose sem se preocupar com a segunda dose. "Com a liberação para aplicação de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação", justificou. Dias depois, o Ministério da Saúde voltou atrás e disse que os estados e municípios deveriam reservar a segunda dose da Coronavac. Após um mês, a pasta autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a 2ª dose fossem utilizadas imediatamente como 1ª dose. O Ministério da Saúde não seguiu a recomendação dos especialistas, que determina que se deve guardar vacinas com prazo de validade relativamente curto e que exigem duas doses. Em 26 de abril, o novo ministro, Marcelo Queiroga, foi ao Senado para dizer que a orientação mudou e que, agora, o Ministério pede para que os estados armazenem metade do estoque para usar na segunda dose. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a distribuição das vacinas "depende da disponibilização dos imunizantes pelos laboratórios". A pasta afirma que publica informes técnicos semanalmente com base no número de doses da vacina entregues pelos laboratórios, e pede para que estados e municípios sigam o Plano Nacional de Operacionalização da vacinação contra a Covid-19. O ministério recomendou que aqueles que não tomaram a segunda dose dentro do prazo "completem o ciclo vacinal com os imunizantes do mesmo laboratório assim que disponível".

Fontes: Com informações do portal G1 / www.poptvnews.com.br