Salvador (BA) - Em Salvador, quatro motoristas de aplicativo foram encontrados mortos, com sinais de tortura, enrolados em sacos plásticos, em um matagal no bairro Jardim Santo Inácio. A informação foi publicada pelo portal UOL. Após um quinto motorista conseguir fugir pela mata, ele pôde relatar à polícia que teria ocorrido uma chacina e pediu ajuda. Não há ainda pistas sobre a motivação dos assassinatos. Segundo a polícia, um suspeito de ter cometido o crime morreu em confronto com policiais na noite de sexta (13/12). Uma testemunha relatou à polícia que as vítimas foram atraídas ao local por duas travestis, que solicitaram corridas por meio dos aplicativos. Os motoristas teriam caído na suposta emboscada. Três homens não identificados renderam as vítimas e elas foram torturadas e mortas com golpes de facão. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa da Polícia Civil. Para a polícia, os motoristas não foram assassinados simultaneamente, mas mortos em um barraco da comunidade. Em seguida, os corpos teriam sido arrastados até o terreno, localizado a cerca de 10 metros. Os corpos estavam envoltos em sacos plásticos. Havia rastros de sangue do barraco até o local onde os corpos foram encontrados. Os homens assassinados foram identificados como Alisson Silva Damascena dos Santos, 27, Daniel Santos da Silva, 30, Genivaldo da Silva Félix, 48, e Sávio da Silva Dias, 23. Conforme a polícia, todos eram motoristas dos aplicativos Uber e 99. O motorista sobrevivente, que não teve a identidade revelada, contou à polícia que conseguiu fugir da emboscada correndo pela área de mata e chegou até o Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde pediu socorro aos policiais que fazem a segurança externa da unidade prisional. Os policiais acionaram equipe da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Sussuarana), que localizou os corpos dos quatro motoristas. Os carros das vítimas também foram localizados na comunidade. O suspeito que morreu durante confronto com a PM, no município de Lauro de Freitas, região metropolitana, foi reconhecido pelo motorista sobrevivente da chacina. Após o crime, motoristas de aplicativo realizam protesto pedindo segurança e cobrando a elucidação da chacina. Os manifestantes se concentraram na rua Direita da Piedade, em frente à sede da Polícia Civil, onde um grupo foi recebido pelo delegado-geral Bernardino Brito Filho. Ao UOL, a 99 confirmou que Alisson Silva Damascena dos Santos e Genivaldo da Silva Félix trabalhavam para o aplicativo e afirmou que está colaborando com as investigações da polícia. "A companhia se solidariza com a família das vítimas nesse momento de profunda dor. A 99 mobilizou uma equipe especializada que está buscando contato com as famílias para dar todo o apoio e acolhimento necessários, o que inclui o acionamento de um seguro pessoal que cobre todas as corridas do aplicativo", disse a empresa. A Uber, em nota, disse que está em contato com as autoridades responsáveis para apoiar nas investigações do "crime brutal e chocante". A empresa não divulgou quem das vítimas prestava serviço ao aplicativo.
Fonte: YAHOO / UOL