Segunda-feira, 25 de
Novembro de 2024
Brasil

Impeachment de Toffoli

Pressão: MBL pede ao Senado Federal o impeachment de Toffoli

A imagem do presidente do STF ministro Dias Toffoli, está cada vez pior diante da opinião pública

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
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O ministro Dias Toffoli está pressionado sobre a questão dos dados sigilosos do COAF, em investigações financeiras

21 novembro, 2019

SÃO PAULO (SP)  - O MBL (Movimento Brasil Livre) protocolou  quinta-feira (21/11), no Senado, um pedido de impeachment do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli. O grupo alega abuso de autoridade por parte de Toffoli por ele ter exigido, em outubro, que o Banco Central enviasse cópias dos relatórios produzidos pelo antigo Coaf (rebatizado UIF) nos últimos três anos —com dados sigilosos de 600 mil pessoas. Ele revogou a decisão na segunda (18/11). "Extrai-se o evidente abuso de poder por parte do Representado, que serviu-se de suas funções constitucionais como ministro do Supremo Tribunal Federal para sobrepor o ordenamento jurídico, direitos e garantias individuais, emitindo decisão confusa e desconexa de acordo com sua própria conveniência", afirma o MBL. A reportagem não conseguiu contatar Toffoli até a conclusão deste texto. A representação do MBL solicitando o impedimento do magistrado é assinada pelo advogado do grupo, Rubinho Nunes, e usa como base a mesma justificativa apresentada no pedido de prisão preventiva do ministro assinado pelo deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e enviado à Procuradoria-Geral da República na terça (19/11). Na quarta (20/11), Toffoli votou por impor restrições ao compartilhamento de dados bancários e fiscais com o Ministério Público e a polícia sem autorização judicial prévia. O presidente do STF é relator de um processo que discute se é constitucional o repasse de dados sigilosos de órgãos de controle —como a Receita e o antigo Coaf— para fins de investigação penal. O julgamento teve início na quarta (20/11) e será retomado na tarde desta quinta-feira (21/11).