Rio de Janeiro (RJ) - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumprem, na manhã desta quinta-feira (18/6), um mandado de busca e apreensão em uma casa que pertence ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Zona Norte da capital fluminense. As informações são da TV Globo. Os mandados fazem parte da “Operação Anjo”, realizada pela Polícia Civil e pelo MP-RJ, no contexto das investigações acerca do esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Nesta quinta-feira (18), Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ainda conforme a emissora, o imóvel foi usado como um dos comitês de campanha eleitoral de Bolsonaro. O agora presidente teria realizado até uma agenda pública na residência durante a campanha eleitoral. Quando a Polícia Civil chegou ao local, foi constatado que a residência estava vazia. As informações dão conta que Alessandra Esteve Marins, ligada ao gabinete do senador Flávio Bolsonaro, morava na casa e a deixou há mais de um mês. De acordo com o Ministério Público, o mandado na casa de Bento Ribeiro é cumprido contra Alessandra, que também já foi servidora da Alerj. Segundo a TV Globo, também são alvo da operação a ex-servidora da Alerj Luiza Paes Sousa, Matheus Azeredo Coutinho, que ainda é funcionário da Casa Legislativa, e o advogado Luis Gustavo Botto Maia. Os investigados devem ser afastados da função pública e tem a obrigação de se apresentar à Justiça mensalmente.
Caso Queiroz
Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada "atípica", de acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Ele trabalhou para o filho do presidente Jair Bolsonaro antes de Flávio tomar posse como senador, durante o mandato de deputado estadual no Rio de Janeiro. Além do volume movimentado, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo em datas próximas do pagamento de servidores da Alerj Figura polêmica, Queiroz foi assessor e motorista de Flavio Bolsonaro até o fim de 2018, quando acabou exonerado. A investigação do MP-RJ que apura as irregularidades de Queiroz na Alerj chegou a ser suspensa depois da decisão de Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido da defesa de Flavio Bolsonaro em 2019. Embora estivesse empregado no gabinete de Flávio entre 2007 e 2018, a origem da relação de Queiroz com a família Bolsonaro é o presidente da República. Os dois se conhecem desde 1984 e pescavam juntos em Angra dos Reis. O PM aposentado também depositou R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro em 2016. O presidente afirma se tratar de parte da quitação de um empréstimo de R$ 40 mil.
Fontes: TV Globo / www.poptvnews.com.br