Goiânia (GO) - Uma operação policial prendeu 17 pessoas em flagrante por fazer manutenção clandestina em aeronaves, como aviões e helicópteros, que segundo a polícia, eram utilizados em diversos crimes, entre eles o tráfico internacional de drogas. As prisões e apreensões ocorreram na quarta-feira (11/12). Hangares em Goiânia e Anápolis funcionavam como desmanche de avião. Em dois dias de operação, foram fechadas oito oficinas clandestinas para reparo e manutenção de aeronaves sem registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A operação apreendeu 33 aviões e helicópteros sem qualquer nível de segurança para voar, além de peças importadas ilegalmente e outras fabricadas em Goiás, de forma artesanal. “Muitas aeronaves entram em sobrevoo, só que elas não saem do país , e ficam aqui clandestinamente, ou então podem entrar desmontadas de forma clandestina no país”, explica o auditor fiscal da Receita Federal, Antônio Moreira. A maioria das oficinas clandestinas, segundo as investigações, funcionavam em um aeroclube de Goiânia. Os presos na operação exerciam a profissão de mecânico de aeronaves sem nenhum qualificação ou registro. Esses homens podem responder criminalmente por colocar em risco a segurança da aviação civil. Uma arma de fogo também foi apreendida. A principal suspeita da polícia é que essas aeronaves eram usadas no tráfico internacional de drogas. A operação envolveu a Receita Federal, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Serviço Aéreo do Estado de Goiás (Saeg) e o Grupo de Patrulhamento da Polícia Militar (Graer). O trabalho agora é para localizar os donos dessas oficinas clandestinas e das aeronaves irregulares.
Fonte: G1 Goiás c/ edição