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Novembro de 2024
Brasil

Precária

Paulo Marinho: Quem governa é a família, não Bolsonaro

Na visão de Marinho, a gestão precária do governo Bolsonaro ficou clara “naquela reunião da semana passada"

Foto: FABIO MOTTA/AFP
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Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)

27 maio, 2020

Brasília (DF) - Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Senado, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é um “governo de família”. A forte afirmação foi dada ao Portal UOL.

"Nunca vi na Presidência da República um presidente ser assessorado por três filhos dentro do Planalto. Ali é um governo de família do Brasil", disse Marinho, que é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, em entrevista à repórter Constança Rezende.

Na visão de Marinho, a gestão precária do governo Bolsonaro ficou clara “naquela reunião da semana passada", em referência à reunião ministerial de 22 de abril, que foi publicizada após decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), no contexto do inquérito que apura supostas interferências do presidente na Polícia Federal. O presidente afirmou que não iria esperar ninguém “f.... com a minha família”. De acordo com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, essa fala deixaria claro a tentativa de intervenção pelo presidente na PF para proteger seus familiares. "Quando o mundo voltar a funcionar, já estaremos no final do ano. Praticamente o governo dele está indo para mais da metade e até agora ele não fez nada, só confusão", afirmou Marinho. Marinho lembrou uma fala do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), que se disse apto para conversar com Bolsonaro, em fala no Plenário, em maio do ano passado. "A melhor definição foi de um deputado baiano, que disse que seria o melhor interlocutor para falar com o presidente porque lá ele era chamado de doido e só um doido para falar com outro doido", ironizou ao UOL. O empresário admitiu também que, já durante a campanha, percebia que a imagem de “mito” (forma como Bolsonaro é chamado por seus apoiadores) não era condizente com a realidade.

Renúncia de Flávio Bolsonaro

Os holofotes se voltaram para Marinho depois que, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Flavio Bolsonaro teria recebido informações privilegiadas da Polícia Federal sobre uma investigação que atingiria ele e seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

"O senador Flávio Bolsonaro, diante de tantas dúvidas que pairam sobre ele e o principal colaborador dele no gabinete, acho que ele não tem condições de continuar exercendo o cargo de senador. Se ele renunciar ao mandato em cima do que está acontecendo hoje, eu renuncio na mesma hora. Aí não há como duvidar de que eu não quero o lugar dele", afirmou Marinho, que foi acusado de ter interesse no cargo de Flavio após a denúncia.

Nesta terça-feira (26/5), em bate boca público com o senador, Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro, afirmou que já existem provas suficientes para que Flavio Bolsonaro seja preso.

Fontes:UOL / www.poptvnews.com.br