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Palmas: 31 anos

Palmas 31 anos: Estudantes declaram amor pela cidade e sentem saudade por estarem longe durante pandemia

Palmenses de coração saíram da cidade durante isolamento social. Confira relatos de cinco estudantes que escolheram a capital mais nova do Brasil como nova casa

Foto: Arquivo pessoal
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Verônica estuda na UFT e sente falta de pontos turísticos de Palmas

20 maio, 2020

p/ Por Shelen Assakawa 

Palmas (TO) - Palmas completa 31 anos na quarta-feira (20/5) e durante este período foi o lugar que muitas pessoas escolhem para viver momentos felizes e construir histórias. Mas a pandemia do novo coronavírus mudou planos, principalmente de quem escolheu a cidade para morar pelas oportunidades de estudos. Mesmo à distância, estudantes declaram amor por Palmas e sofrem com saudade da cidade que deixaram por conta da quarentena. Após mais de três anos morando na capital, a estudante de jornalismo, Verônica Macêdo de 22 anos, precisou voltar temporariamente para o Goiás. Palmense de coração, a jovem conta que além das aulas terem sido suspensas, ficou desempregada durante a pandemia. Mas a capital tocantinense ajudou Verônica a construir amizades, além de garantir sua independência financeira. “Por estar com a família agora, estou bem melhor. Esse ano nós não vamos comemorar juntos mais um aniversário da cidade, mas que nós possamos manter a esperança de que as coisas vão melhorar. Logo vamos estar todos juntos comemorando, a cidade tem muita coisa boa a oferecer", comentou Verônica. Ela diz que sente falta de visitar pontos turísticos da cidade, como o Parque Cesamar, Praia da Graciosa e do Festival Gastronômico de Taquaruçu. Ela disse que ir às praias está na lista das primeiras coisas que fará quando retornar. Kássio Henrique dos Santos Aires, de 24 anos, também precisou deixar a cidade. O jovem nasceu e viveu a infância em Pium, interior do estado e se mudou sozinho em 2014 após ser aprovado no curso de direito da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Ele diz que a capital logo o acolheu e que fez amizades. “Eu comecei a morar sozinho, e antes disso eu sempre vivia em casas cheias de pessoas. A partir dali tive que aprender a lidar com o fato de estar sozinho. Felizmente na faculdade e em outras atividades externas eu construí amizades que carrego até hoje”, disse. Atualmente ele faz mestrado. As aulas, que eram presenciais, passaram a funcionar de forma virtual. Com a mudança, Kássio Aires voltou a Pium e passa a quarentena perto da família. O jovem aproveita a data para parabenizar a cidade e espera voltar logo. “Em Palmas, construí uma história e gostaria de retornar para continuar de onde parei. Sinto saudades da minha rotina, dos amigos que fiz, dos lugares que frequento. Espero de coração que toda essa crise possa acabar, para que a velha rotina retorne, além das nossas vidas de volta. Desejo a Palmas um feliz aniversário. O sentimento de acolhimento é recíproco”, comentou Kássio. Zuleika Santiago de Medeiros, de 23 anos, escolheu a capital tocantinense para construir o futuro. Em 2018, passou no curso de medicina e decidiu morar em Palmas. De Brasília (DF), ela conta que precisou se adaptar às mudanças, como o forte calor. Com a pandemia, ela preferiu voltar para a casa dos pais, mas já sente saudades da cidade. “Praticava muita atividade física principalmente em grupos, jogava vôlei com os amigos, handebol e basquete. A pandemia me tirou isso", disse a estudante. Como chefe escoteira em Palmas, a universitária disse ainda sentir falta dos encontros e atividades ao ar livre com as crianças.“Sinto muita saudade de caminhar no Parque Cesamar, porque tem uma parte do cerrado ali, você chega e sente o cheiro do mato e é maravilhoso. Acho incrível e penso como isto está no meio da cidade e preservado. Palmas é uma cidade mais calma e tranquila de se viver e eu acho muito legal a oportunidade de ver ela crescer". Jogar futebol com os amigos é uma das maiores saudades do indígena Maloiri Xerente de 26 anos. De Tocantínia, ele morava em Palmas há pouco mais de 5 anos e conta que foi bem recebido. Ele também está entre os universitários que saíram de Palmas por causa da pandemia.

“Eu moro na Casa do Estudante Indígena. Por causa da pandemia e da dificuldade que teria em me sustentar nesse período de crise, tive que voltar pra minha cidade em Tocantínia e estou na casa dos meus pais”, comentou o estudante.

O jovem é Diretor de Políticas Indígenas da UFT. Além da rotina, sente saudades do pôr do sol na orla da praia da Graciosa. O estudante diz que se sente feliz na capital e que já é parte da cidade. “Que Palmas continue sendo essa cidade acolhedora que recebe pessoas de todo o Brasil. Sabemos que nesse momento temos que nos cuidar dessa pandemia, mas quando isso passar voltaremos a frequentar os lugares lindos como os parques e as feiras", disse. Palmas também foi a cidade escolhida por Renata Carvalho Mendes, de 23 anos. “Eu tive a oportunidade de refazer minha vida em Palmas. De conhecer outras pessoas, fazer nova amizades. Eu me senti muito abraçada justamente por isso". Por conta do surgimento da Covid-19, Renata foi uma das estudantes que acabou prejudicada. Ela estava na fase final do curso de jornalismo e teve que paralisar os estudos e por isso voltou para Dianópolis, no sul do estado. "Preferi vir para cá, passar esse momento difícil aqui e vou esperar esse momento ruim passar para poder voltar. Palmas é uma cidade muito acolhedora. Hoje sinto que faço parte de Palmas, me sinto uma cidadã palmense justamente por esse calor humano, essas amizades e segunda família que construí", disse Renata.

Fontes: G1 Tocantins / www.poptvnews.com.br