Domingo, 24 de
Novembro de 2024
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Eleições

Pablo Marçal poderá ser retirado da disputa eleitoral?

Após publicar um suposto laudo médico fraudulento sobre o concorrente Guilherme Boulos (PSOL), duvidas surgiram quanto a candidatura do ex-coach

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Pablo Marçal posa ‘fazendo o M’ (de Marçal)

05 outubro, 2024

O  influenciador e autodeclarado ex-coach Pablo Marçal (PRTB)  compartilhou na noite da última sexta-feira (4/10) uma publicação que associava o concorrente político Guilherme Boulos (PSOL) com o uso de drogas . Na publicação, o candidato à Prefeitura de São Paulo anexou um suposto laudo médico que dizia que o psolista teria procurado ajuda médica por conta do uso de cocaína. Entretanto, uma série de evidências mostram que o documento apresentado por Marçal trata-se de um prontuário médico falso.  Boulos já entrou na Justiça de São Paulo com um pedido de prisão do ex-coach por falsificação de documento. A atitude de Marçal às vésperas da eleição municipal levantaram questionamento se ele poderia ser retirado da disputa política. Ao  iG Último Segundo , o  advogado de Direito Eleitoral Alberto Rollo esclareceu a dúvida e afirmou que o candidato não poderá ser restirado da disputa. "Não dá tempo. É impossível disso acontecer. Precisa inclusive saber que tipo de ação e que tipo de processo é. Não é assim, da noite para o dia que você retira alguém da urna. Lá na frente, dependendo da acusação, se houver a condenação, ele poderia até ficar inelegível ou poderia ter o diploma cassado. Mas isso é lá na frente!", explica o advogado.Ele afirma que, pela demora da investigação e do processo, o caso não poderia ser finalizado nem para o segundo turno: "Imagina o processo que está começando ontem. Ele tem direito de defesa, direito contraditório que está na Constituição. Se o juiz der a sentença na primeira instância, lá na zona eleitoral,  ele pode recorrer para o TRE. Se o TRE der uma decisão contra ele, [Marçal] pode recorrer no TSE. Então, tudo isso leva tempo, não dá tempo de fazer isso em um ou dois dias, mas também não dá tempo para o segundo turno que são 21 dias".

Segundo Rollo, os casos em que um político pode ter sua candidatura cassada são em casos de:

abuso de poder;
abuso econômico;
abuso dos meios de comunicação social;
abuso do poder político;
registro quando registro está sendo questionado;
entre outros casos mais específicos.

No entanto, Rollo é categórico em dizer que, em todos os casos, as ações são movidas em um período longo antes das eleições.