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Novembro de 2024
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Protesto

"Nunca uma gente tão ordinária e vagabunda teve tanto poder em Brasília", diz Freire

Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o "erro da comissão foi não prender todos em flagrante".

Fotos: Divulgação
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Presidente do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire, concordou com a decisão do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM)

08 julho, 2021

Brasília (DF) -   A prisão de Roberto Ferreira Dias, ex-servidor do Ministério da Saúde, após prestar informações falsas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, repercutiu no cenário político. Presidente do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire, concordou com a decisão do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). O presidente do Cidadania, ex-deputado federal Roberto Freire: "Nunca uma gente tão ordinária e vagabunda teve tanto poder em Brasília. Nunca a mentira e a desfaçatez nortearam tanto como agora nossa política. Elcio Franco, Dias, Dominguetti, Wajngarten, Pazuello são sintomas do bolsonarismo. Têm um líder moral. A prisão na CPI impõe um limite", disse.

Maço de cigarro
Mais cedo, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), citado por Dias durante o depoimento à CPI, rebateu as acusações de que as denúncias de corrupção seriam uma represália pelo fato do ex-servidor do Ministério não ter dado um cargo ao irmão do parlamentar, Luís Ricardo Miranda, que é chefe do setor de Importações do ministério. “Estou falando em on para ficar bem claro. Esse cara, se colar nele, nós vamos descobrir vários crimes. Enquanto ele fala de mim, fale para ele que quando estiver no processo de regeneração, na carceragem, eu farei a gentileza de levar para ele o maço de cigarro”, disse, ao site Metrópoles. Dias sugeriu que o deputado Luis Miranda está por trás das acusações contra ele. “Eu estou tentando descobrir a quem interessa tudo isso, todo esse ciclo fecha no deputado Luis Miranda.” O deputado e seu irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, disseram à CPI que Dias fez pressão para agilizar o processo de compra e importação da vacina indiana Covaxin.

Apoio da oposição
Na CPI, senadores tentaram argumentar junto ao presidente da CPI, mas os parlamentares da oposição apoiaram a decisão de Aziz. "Não aceito que a CPI vire chacota. As pessoas estão morrendo e eles aqui brincando de comprar vacina. Ele [Dias] está preso por mentir, por perjúrio. E se eu tiver tendo abuso de autoridade, que a advogada dele ou qualquer outro senador me processe”, justificou Aziz. "Estamos perdendo vidas, as mortes não param, falta vacina, não temos tempo pra andar em círculo enquanto os membros do Governo mentem. Apoio a decisão do senador Omar Aziz e espero que o Sr. Roberto Dias seja responsabilizado", afirmou o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o "erro da comissão foi não prender todos em flagrante".