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Não doem dinheiro pra ONG, recomenda Bolsonaro a apoiadores

O presidente disse ter visto fotos das casas dos jovens e desdenhou do fato de que eles, supostamente, vivem uma vida de luxos

Foto: Reprodução
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Bolsonaro reforçou as acusações de que os quatro jovens teriam começado os incêndios que atingiram a região em setembro

29 novembro, 2019

Brasília (DF) - Durante sua transmissão semanal no Facebook  quinta-feira (28/11), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a atuação das ONGs (Organizações Não Governamentais) na Amazônia. Ele comentou o caso dos brigadistas de incêndio presos preventivamente no Pará e depois soltos nesta semana.

“Logicamente o mundo não está vendo o que eu estou falando aqui, mas não doem dinheiro para ONG. ONGs não estão lá [na Amazônia] para preservar ambiente, mas em causa própria"

Ao lado de Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, e de uma intérprete de libras, Bolsonaro reforçou as acusações de que os quatro jovens teriam começado os incêndios que atingiram a região em setembro. O presidente disse ter visto fotos das casas dos jovens e desdenhou do fato de que eles, supostamente, vivem uma vida de luxos. Depois, fez uma ressalva: admitiu não ter certeza sobre a veracidade das imagens.  “Logicamente o mundo não está vendo o que eu estou falando aqui, mas não doem dinheiro para ONG. ONGs não estão lá [na Amazônia] para preservar ambiente, mas em causa própria” afirmou o presidente da República. A prisão dos brigadistas foi criticada por cerca de 180 entidades ambientalistas e de direitos humanos. A WWF falou em “a falta de clareza” na investigação, e manifestou repúdio aos “ataques a seus parceiros e as mentiras envolvendo o seu nome”.

"Se um governador entende que tem que mandar uma Força [de Segurança Nacional] para lá, eles estão indo num ambiente onde praticamente o terrorismo está instalado, pessoal queima ônibus, atenta contra a vida de inocentes, depreda patrimônio público e privado, taca fogo em ônibus”

Segundo a Polícia Civil, a organização teria sido vítima de desvio de verba praticado pelo grupo suspeito. Na transmissão ao vivo, Bolsonaro também reforçou seu posicionamento a favor do excludente de ilicitude para militares durante operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele negou que o projeto de lei tenha a intenção de conter manifestações “na base da bala”:  "Se um governador entende que tem que mandar uma Força [de Segurança Nacional] para lá, eles estão indo num ambiente onde praticamente o terrorismo está instalado, pessoal queima ônibus, atenta contra a vida de inocentes, depreda patrimônio público e privado, taca fogo em ônibus” disse o presidente.