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Novembro de 2024
Brasil

Abandono

Mais de 500 mil pessoas não receberam segunda dose da Coronavac

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, 562,2 mil vacinados não haviam retornado para receber a segunda dose da Coronavac até a última quinta-feira (8)

Foto: Getty Images
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Os dados revelam um abandono vacinal de 14,13% no caso da Coronavac.

11 abril, 2021

Mais de 500 mil pessoas que receberam a primeira dose da Coronavac no início da vacinação no Brasil não retornaram para receber a segunda dose do imunizante, o que pode comprometer a proteção contra o coronavírus, segundo cientistas. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, 562,2 mil vacinados não haviam retornado para receber a segunda dose da Coronavac na  quinta-feira (8/4), ou seja, mais de 45 dias após o primeiro mês de vacinação no Brasil. Os dados revelam um abandono vacinal de 14,13% no caso da Coronavac. Abandono vacinal é o nome técnico para o percentual de vacinados que iniciam o esquema vacinal e não o finalizam por diferentes motivos. A segunda dose da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, teria de ser ministrada até 28 dias após a primeira. A autorização emergencial da Anvisa define a aplicação da segunda dose em um intervalo de 14 a 28 dias após a primeira etapa da imunização. Em Roraima e no Amazonas, a quantidade de pessoas que tomaram apenas a primeira dose da Coronavac e não voltaram para receber a segunda passa de 25%. As menores taxas de abandono da vacina estão em Alagoas e no Rio Grande do Norte, ambos abaixo de 7%. Os números foram extraídos do DataSUS, sistema de informações do Ministério da Saúde. A Coronavac é a principal vacina contra Covid-19 aplicada no país. No primeiro mês de aplicação dos imunizantes, 7 em cada 10 vacinados receberam a vacina produzida pelo Instituto Butantan. No primeiro mês de vacinação no país  - de 17 de janeiro a 17 de fevereiro - , 4 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da Coronavac. São pessoas de grupos prioritários como povos indígenas e quilombolas, trabalhadores da saúde, idosos e outros perfis definidos no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, com adaptações de estados e municípios. O outro imunizante aplicado na campanha de vacinação no Brasil, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e o farmacêutica Astrazeneca, tem prazo de 90 dias entre a primeira e a segunda dose. As taxas de abandono dessa vacina, portanto, só podem ser calculadas a partir do final deste mês.

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