A maioria dos brasileiros (51%) acredita que houve uma tentativa de golpe de Estado em 2022, orquestrada por parte dos militares e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra Lula (PT). A informação é da pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (13/12). Segundo o levantamento, 38% não acreditam na tentativa de golpe, enquanto 12% não quiseram responder. A sondagem ouviu 8.598 brasileiros com 16 anos ou mais, entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, com 95% de nível de confiança.
Veja os números da pesquisa:
Pergunta: Acredita que houve uma tentativa de golpe contra Lula por parte dos militares e Bolsonaro?
Sim – 51%
Não – 38%
Não souberam/Não responderam – 12%
Resposta considerando o voto em 2022
A Quaest fez a mesma pergunta separada de acordo com os votos dos entrevistados no segundo turno das eleições de 2022. A maioria dos eleitores de Bolsonaro (51%) não acreditam na tentativa de golpe. 39% acreditam na trama golpista e 10% não responderam. Já entre os eleitores de Lula, a maioria acredita na trama golpista (61%), ante 28% que não acreditam e 11% que não responderam. Entre os que não votaram ou que votaram branco/nulo, 46% acreditam que Bolsonaro, militares e aliados orquestraram um golpe de Estado. 39% não acreditam e 15% não responderam.
Veja todos os números:
Votaram em Bolsonaro:
Sim – 39%
Não – 51%
Não souberam/Não responderam – 10%
Votaram em Lula:
Sim – 61%
Não – 28%
Não souberam/Não responderam – 11%
Não votaram/votaram branco ou nulo:
Sim – 46%
Não – 39%
Não souberam/Não responderam – 15%
PF investiga suposta tentativa golpista
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente foi indiciado por abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista tem 37 nomes de indiciados, entre políticos, militares e ex-assessores de Bolsonaro, como o ex-ministro da Defesa e candidato a vice dele, Walter Braga Netto, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto. O inquérito aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).