O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sílva (PT) afirmou que é pré-candidato à eleição de 2022. É a primeira vez que o ex-presidente confirma a pré-candidatura após recuperar os direitos políticos, em março deste ano, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à revista francesa Paris Match, publicada quinta-feira (20/5), Lula disse que "será candidato contra Bolsonaro" e garantiu que se estiver na melhor posição para ganhar as eleições e "com boa saúde", não hesitará. "Penso que fui um bom presidente. Criei laços fortes com a Europa, América do Sul, África, Estados Unidos, China, Rússia. Sob meu mandato, o Brasil tornou-se um importante ator no cenário mundial, notadamente criando pontes entre a América do Sul, África e os países árabes, com o objetivo de estabelecer e fortalecer uma relação entre países do hemisfério Sul e demonstrar que o predomínio geopolítico do Norte não era imutável", declarou o ex-presidente. No último dia 12 nova pesquisa eleitoral Datafolha mostra que o ex-presidente Lula é o favorito para a eleição presidencial de 2022. Segundo o levantamento, o petista aparece com 41% das intenções de voto no primeiro turno. Jair Bolsonaro (sem partido), em seguro lugar, tem 23%.
A vantagem dos dois candidatos é bem maior do que os outros possíveis candidatos:
Lula: 41%
Bolsonaro: 23%
Sergio Moro: 7%
Ciro Gomes: 6%
Luciano Huck: 4%
João Doria: 3%
Luiz Henrique Mandetta: 2%
João Amoedo: 2%
Branco/nulo/nenhum: 9%
Não sabe: 4%
Segundo turno
Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista também tem vantagem e venceria com 55% contra 32% do atual presidente da República. Lula também venceria Moro: 55% contra 33%. João Doria também perderia para o petista: 57% para Lula e 21% para o tucano.
Rejeição
O presidente Jair Bolsonaro lidera o índice de rejeição com 54%, enquanto Lula aparece em segundo, com 36%.
Bolsonaro: 54%
Lula: 36%
João Doria: 30%
Moro: 26%
Ciro Gomes: 24%
Mandetta: 17%
João Amoedo: 16%
Lula recupera direitos políticos
Em abril, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou todas as condenações do ex-presidente Lula na Justiça Federal do Paraná, que diziam respeito à Operação Lava Jato. Com a decisão de Fachin, Lula fica fora da Lei da Ficha Limpa e volta a ser elegível. Na eleição de 2018, o petista concorreria ao cargo, mas foi impedido. Em março, Lula já havia sinalizado que não "vê problemas" em concorrer novamente à Presidência da República nas eleições de 2022. Em entrevista ao jornal frânces Le Monde, Lula disse que o principal objetivo do pleito é impedir uma reeleição de Bolsonaro.
Fontes: Jornal Le Monde / www.poptvnews.com.br