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Novembro de 2024
Brasil

Violência

Homem atira em vizinho três vezes: viado tem que morrer

Advogado defende que os crimes sejam investigados como homofobia e tentativa de homicídio

Foto: Reprodução
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O contador Rafael Dias precisou passar por uma cirurgia após ser baleado

23 dezembro, 2019

São Paulo (SP) - Um homem atirou três vezes contra um vizinho no centro de São Paulo  domingo (22/12). Amigos da vítima e outras testemunhas afirmam que, antes e depois de atirar, o autor dos disparos fez insultos homofóbicos. O aposentado Adel Abdo, de 89 anos, foi preso em flagrante no bairro República, no centro da capital paulista. As agressões teriam começado no sábado, quando a vítima deu uma festa em seu prédio. Abdo teria ameaçado "meter bala" nos convidados, e dito que "viado tinha que morrer" e que não queria "gay no prédio dele". O aposentado ficou esperando os convidados na entrada do prédio no domingo (22). Quando viu o seu vizinho, o contador Rafael Dias, atirou três vezes contra o rapaz de 33 anos. Quando a Polícia Militar chegou ao local, o aposentado confessou o crime e entregou um revólver calibre 22. Rafael foi atingido no rosto por um dos projéteis. Após ser socorrido, ele foi levado até a Santa Casa de Misericórdia da capital paulista, onde foi operado. Depois da cirurgia, seu quadro de saúde é considerado estável. O caso foi registrado como tentativa de homicídio no 2º DP Bom Retiro. José Beraldo, advogado da vítima, defende que o crime também seja investigado como homofobia. De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal, essa classificação pode aumentar a punição em até três anos de prisão ou multa. Quem estava presente na festa concorda que o ataque teve teor homofóbico. "Para ser sincero, a confusão só começou porque era uma festa com pessoas gays", relata ao UOL Igor Fernandes, amigo da vítima. Em audiência de custódia, um juiz decidiu não converter a prisão em flagrante em preventiva. Adel Abdo foi liberado e precisará manter distância da família da vítima, não portar armas, manter endereço fixo e acatar ordem da Justiça para prestar depoimento.

Fonte: UOL / Poptvnews