Brasília (DF) - Um grupo de 81 jornalistas e “outros formadores de opinião” considerados influenciadores em redes sociais foram separados em três grupos por uma empresa de comunicação contratada pelo governo federal. A informação foi divulgada pelo UOL na terça-feira (1/12). O levantamento considera os influenciadores como “detratores” do governo Bolsonaro, do Ministério da Economia e/ou do ministro Paulo Guedes; “neutros informativos” e "favoráveis”. O primeiro grupo inclui 51 nomes. Já os favoráveis” da lista são 23. E os “neutros informativos”, oito. Embora some 82, um nome aparece repetido em duas listas. Do total, 44 são jornalistas. Os nomes são acompanhados de comentários sobre o que a pessoa tem escrito nas redes sociais a respeito do governo e em especial de Paulo Guedes. Em oito casos, há o telefone celular do jornalista. Na lista de “detratores”, estão jornalistas como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Hildegard Angel, Cynara Menezes, Claudio Dantas, Flávio V.M.Costa, Rachel Sherazade, entre outros, além de professores universitários como Silvio de Almeida, Laura Carvalho, Jessé Souza, Sabrina Fernandes, Conrado Hubner, etc. Ainda no campo dos supostos “detratores” aparecem youtubers e influenciadores como Felipe Neto, Jones Manoel e Nathália Rodrigues. Quem é citado como “neutros informativos” são Alex Silva, Malu Gaspar, Altair Alves, Cristiana Lôbo, Monica Bergamo, Marcelo Lins, Ricardo Barboza e Octavio Guedes. No grupo de “favoráveis” estão Milton Neves, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Tomé Abduch, Roger Rocha Moreira, entre outros. A empresa orienta o órgão sobre como deveria lidar com o grupo. Entre as medidas propostas, estão “monitoramento preventivo das publicações da influenciadora”, “envio de esclarecimentos para eventuais equívocos que ele publicar” ou “propor parceria para divulgar ações da pasta”. O levantamento intitulado “Mapa de Influenciadores”, que analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, foi produzido pela BR+ Comunicação. A empresa tem um contrato com o Ministério de Ciência e Tecnologia que é aproveitado pelo Ministério da Economia, por meio de um Termo de Execução Descentralizada, no valor de R$ 2,7 milhões, que inclui outros serviços de comunicação. Procurado pelo UOL, o Ministério da Economia respondeu que os “produtos de comunicação” são definidos no contrato pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, “assim como é definido para todos os órgãos da administração direta”.
Fontes: Yahoo Notícias / Uol / www.poptvnews.com.br