Segunda-feira, 25 de
Novembro de 2024
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Economia

Governo avalia prorrogação do auxílio emergencial em 3 parcelas, de R$ 500, R$ 400 e R$ 300

A ideia sobre prorrogação que mais sensibiliza o presidente Jair Bolsonaro é a de pagamento escalonado em valor decrescente, em três parcelas: R$ 500 em julho; R$ 400 em agosto e R$ 300 em setembro

Foto: Divulgação
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Bolsonaro promete vetar prorrogação do auxílio emergencial se congresso fixar em R$ 600

23 junho, 2020

Brasília (DF) -  O governo vai prorrogar o auxílio emergencial pago aos trabalhadores informais, mas precisa decidir por quanto tempo e qual o valor a ser pago. Atualmente, o auxílio está sendo pago em três parcelas de R$ 600, a última referente a este mês de junho, A ideia sobre prorrogação que mais sensibiliza o presidente Jair Bolsonaro é a de pagamento escalonado em valor decrescente, em três parcelas: R$ 500 em julho; R$ 400 em agosto e R$ 300 em setembro. A proposta é estimulada pela área política do governo porque haveria uma "preparação" do beneficiário para o fim do pagamento do auxílio emergencial. E, ainda, se estenderia por mais três meses, tempo necessário para o governo fechar a preparação do programa Renda Brasil, que tem a pretensão de ser um forte programa social, reunindo vários outros programas sociais, e deve ser lançado no segundo semestre. A equipe econômica evita comentar o assunto, repetindo apenas o que já falou o ministro Paulo Guedes: que o possível até agora é o pagamento de duas parcelas de R$ 300 e que quem decide é o presidente Jair Bolsonaro.  O presidente já disse que não é possível repetir o pagamento de R$ 600,00 em três parcelas mas, de olho nas pesquisas, quer estender o programa por mais tempo. Com a pandemia do coronavírus e mais as recentes crises, inclusive a do caso Queiroz, a ala política do governo constatou que a aprovação do presidente cresceu entre os mais pobres – justamente os beneficiários dos programas sociais, como o auxílio emergencial – e perdeu apoio na classe média. Isso faz crescer o interesse do governo em reforçar os programas sociais – a partir do Bolsa Família e outros programas que têm menor impacto social, mas custam muito ao Tesouro. A ideia é reuní-los no que está sendo chamado de Renda Brasil. A unificação desses programas é tarefa mais difícil e demanda tempo até ser fechado o cadastro dos beneficiários. Uma preocupação do governo é obter o apoio à proposta que for definida no Palácio do Planalto, de modo a não haver modificações no Congresso - o que aconteceu na atual fase do programa de auxilio emergencial: o governo propôs a parcela de R$ 200 e, no momento em que o Congresso sugeriu ampliar para R$ 500, Bolsonaro decidiu aumentar para R$ 600. Desta vez, Bolsonaro quer que sua proposta não seja alterada no Congresso. Para isso, conta com o apoio de deputados do chamado Centrão, agora entre seus apoiadores. Causou irritação no governo manifestação do deputado Rodrigo Maia, que disse defender o pagamento de auxílio emergencial em duas parcelas de R$ 600. O presidente Jair Bolsonaro já disse que, nessa hipótese, pretende vetar.

Fontes: G1 / www.poptvnews.com.br