São Paulo (SP) - Frederick Wassef ganhou as manchetes do Brasil desde a semana passada depois que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso em uma casa que pertencia a ele, em Atibaia, no interior de São Paulo. Wassef, que atuou tanto para o senador como na defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tenta agora explicar as razões pelas quais dava abrigo ao policial aposentado. Na noite da quinta-feira (25/6) uma matéria da TV Globo contradisse a versão de Wassef, que dizia não conhecer Queiroz. Segundo a emissora, Queiroz e Wassef foram vistos juntos em um hotal e um restaurante no ano passado. A TV Bandeirantes também revelou que o advogado teria hospedado Queiroz em um apartamento, também de sua propriedade, no Guarujá, litoral de São Paulo. Nesta sexta-feira (26/6), em entrevista à revista Veja, Wassef diz ter recebido Queiroz em sua casa para proteger o presidente. De acordo com o advogado, Queiroz estava “jurado de morte” por “forças ocultas”. "Na verdade, eu prestei um favor ao Poder Judiciário do Rio de Janeiro e ao Ministério Público do Rio de Janeiro porque hoje eu acredito que, se Queiroz não estivesse num lugar mais tranquilo, eu acho que hoje ele não estaria vivo. E o presidente Bolsonaro ou a família Bolsonaro estariam sendo investigados por um suposto assassinato. Uma fraude, como já disse, parecida com aquela da Marielle ou do Adriano da Nóbrega", afirmou o advogado ao ser questionado sobre a proteção ao ex-assessor de Flávio. Apesar de abrigar um dos mais antigos aliados do presidente, Wassef garante não ter contado a Bolsonaro que estava hospedando Queiroz em sua casa no interior paulista.
"Eu lhe garanto que eu nunca contei ao presidente Bolsonaro. Quando eu puder dizer os motivos, vocês vão me entender e vão me dar razão. É uma questão de segurança. Fiz para proteger o Flávio. Fiz para me proteger. Fiz para proteger o presidente. Então eu assumi um risco de fazer isso porque eu sei o que é melhor para o filho dele", alegou Wassef.
Depois da prisão de Queiroz, Wassef deixou a defesa de Flávio Bolsonaro, mas garante que nada do que aconteceu o afastará da família Bolsonaro. “Zero de preocupação. Quando tomei a decisão de deixar o caso, a família Bolsonaro quis que eu ficasse. O Flávio queria que eu ficasse. Eles conhecem o meu trabalho, a minha integridade, honestidade e competência. E acima de tudo eu sou leal e não traio ninguém nunca. Outra coisa: nunca entrei nisso por dinheiro, por cargo, por ajuda de qualquer tipo ou natureza. O que me aproximou do Bolsonaro foi o inconformismo. Eu amo o presidente.", disse à Veja.
Fontes: VEJA / Yahoo Notícias / www.poptvnews.com.br