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Entenda os principais pontos do “alinhamento” entre o PL e Jair Bolsonaro

Valdemar Costa Neto será o principal responsável por montar os palanques locais e por articular a filiação do presidente da República

Foto: Divulgação
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Os dirigentes estaduais do PL decidiram dar “carta branca” para o presidente do partido, Valdemar Costa Neto (foto)

17 novembro, 2021

Como mostramos há pouco, a executiva nacional do PL afirmou que a sigla está “pronta e alinhada” para receber Jair Bolsonaro. A mensagem foi disparada para lideranças partidárias na noite desta quarta-feira (17) e, segundo a cúpula do partido, a partir de agora devem ser encerrados os impasses internos relacionados a uma eventual filiação do presidente da República. Durante a reunião de hoje, os dirigentes locais do PL decidiram dar “carta branca” para o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. Ele será encarregado de montar os palanques estaduais e dirimir eventuais problemas regionais após o ingresso de Bolsonaro no partido. Também ficou estabelecido que, pelo menos neste primeiro momento, o PL não irá formalizar coligações com o PT ou demais partidos de esquerda. Ao longo do encontro, os integrantes do PL concluíram que, apesar dos acordos locais, o fato de ter um candidato à Presidência da República pode impulsionar as candidaturas à reeleição na Câmara Federal e Assembleias Legislativas.

Leia os principais termos do alinhamento entre PL e Jair Bolsonaro:

– A partir de agora, Valdemar Costa Neto vai centralizar todos os acordos regionais do PL. Ele ficará responsável por articular as alianças locais e os palanques estaduais;

– As alianças locais serão discutidas “caso a caso”, assim como eventuais consequências para o partido. Não está descartada a destituição de presidentes de diretórios regionais ou intervenção da executiva nacional em caso de desobediência em relação às determinações de Valdemar Costa Neto;

– O PL deve se comprometer a não formalizar coligações com partidos de esquerda ou com o PT nos Estados;

– No caso de diretórios regionais em Estados que têm acordos com a esquerda, como Alagoas e Piauí, a executiva nacional vai pedir às direções partidárias que elas mantenham posição de neutralidade, sem necessariamente dar palanque a partidos como o PT e PCdoB;

– No caso de São Paulo, a executiva nacional vai pedir que o diretório estadual desista do apoio à candidatura de Rodrigo Garcia, nome de João Doria para a sua sucessão no estado. Na reunião de hoje, porém, a ala paulistana se mostrou reticente a essa possibilidade;

– Na reunião, os dirigentes estaduais foram convencidos por Valdemar e aliados de Bolsonaro que a entrada do presidente da República pode impulsionar as candidaturas de deputados estaduais e deputados federais.

Fontes: O Antagonista