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Novembro de 2024
Brasil

Economia

Em live com Itaú, Guedes diz que 200 milhões de trouxas são explorados por seis bancos

Após o deslize, o ministro fez um esforço para explicar a afirmação

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
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Ministro da Economia, Paulo Guedes

10 maio, 2020

p/Thiago Resende

Brasília (DF)  - Em videoconferência promovida pelo Itaú BBA, o ministro Paulo Guedes (Economia) criticou a concentração do sistema bancário do Brasil. Para ele, com reformas e ampliação de investimentos, a economia ficará mais competitiva. "Em vez de termos 200 milhões de trouxas sendo explorados por seis bancos, seis empreiteiras, seis empresas de cabotagem, seis distribuidoras de combustíveis; em vez de sermos isso, vai ser o contrário. Teremos centenas, milhares de empresas", disse no sábado (9/5). O presidente do Itau BBA, Candido Bracher, participava do debate. O grupo faz parte da lista de seis maiores bancos do país, assim como duas instituições financeiras públicas, o Banco do Brasil e a Caixa. Após o deslize, o ministro fez um esforço para explicar a afirmação. Guedes declarou que não foi uma recriminação a algum banco específico ou a uma determinada empreiteira. "Eu quando falo sempre que somos 200 milhões de trouxas com seis bancos, seis empreiteiras, seis isso, seis aquilo, eu quero muito mais enfatizar a importância da competição. [...] Mercados pouco competitivos são menos convenientes para os consumidores", afirmou. Ele frisou que, apesar da concentração bancária, isso não significa que algum banco tenha feito algo errado, e sim mostra que a economia brasileira é hostil, com alta carga tributária, por exemplo. Então, o ministro buscou ressaltar que as seis maiores instituições financeiras do país foram as que conseguiram sobreviver a esse ambiente. A crítica ao sistema bancário foi dita enquanto Guedes defendia reformas estruturantes no país para estimular investimentos e criar uma classe média empreendedora como forma de estimular a economia. Segundo ele, dessa forma, haveria inclusive maior valorização dos trabalhadores, já que a mão-de-obra seria menor.

Fontes: Folhapress / www.poptvnews.combr