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Novembro de 2024
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Em frente ao Planalto, Frota berra por Bolsonaro: "Apareça, corrupto, bandido"

Nas redes sociais, Frota afirma que "desafia Bolsonaro a aparecer"

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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Em seguida, um segurança do Planalto aparece dizendo que o deputado não pode ficar ali, que não é autorizado. Frota, então, responde: "Você não pode me tirar daqui"

01 julho, 2021

Brasília (DF) - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) esteve em frente ao Palácio do Planalto, na manhã da quarta-feira (30/6), para pedir um esclarecimento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a acusação de um esquema de propina na compra de imunizantes contra a Covid-19. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Frota aparece dentro de um carro a caminho do Palácio do Planalto, em Brasília, no Distrito Federal. "Eu vou parar em frente do Palácio onde fica Bolsonaro, ele já deve ter acordado, eu espero", diz o deputado. Após alguns cortes no vídeo, ex-bolsonarista aparece gritando em frente a um gradil de proteção da entrada do Planalto. "Apareça, Bolsonaro. Corrupto. Bandido", esbraveja. Nas redes sociais, Frota afirma que "desafia Bolsonaro a aparecer". “Admitiram a culpa. A demissão do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, é o reconhecimento, é admitir a culpa do governo Bolsonaro na compra de vacinas”, diz Frota no vídeo. Em seguida, um segurança do Planalto aparece dizendo que o deputado não pode ficar ali, que não é autorizado. Frota, então, responde: "Você não pode me tirar daqui".  Bolsonaro, no entanto, não se encontrava no Planalto. O presidente cumpria agenda em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em inauguração de uma estação radar da Força Aérea Brasileira (FAB).

Propina para fechar contrato de vacina
Frota referia-se à reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada na noite de terça-feira (29), que revelou que o representante de uma empresa que ofereceu vacinas ao Ministério da Saúde disse ter receido um pedido de propina para fechar um contrato. 

Para casa dose fornecida, US$ 1 seria pago como propina.

A informação foi dada por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, em entrevista ao jornal. A proposta teria sido feita no dia 25 de fevereiro, durante um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping.

Superpedido de impeachment de Bolsonaro
Líderes de partidos, de movimentos sociais e deputados apresentarão ainda nesta quarta-feira (30) o chamado superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, que reúne mais de 100 pedidos feitos por siglas e grupos de oposição e parlamentares que se arrependeram de ter apoiado o presidente, como Joice Hasselmann (PSL-SP) e o próprio Alexandre Frota. Frota assina seu décimo pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro. Hoje (30), em entrevista ao Congresso em Foco, ele disse que integrantes da tropa de choque do Planalto vão entregar a “cabeça” do líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR), para preservar o presidente. “Fui o primeiro a dizer que este governo é corrupto. E fui massacrado por isso. Agora entendem que é um governo de bandido, de propineiro”, disse ao jornal. “Barros vai ser entregue às piranhas para salvar Bolsonaro”, acrescentou. Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara, é suspeito de participar de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde envolvendo a compra da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin.