Sábado, 16 de
Novembro de 2024
Brasil

Sem limite

Em culto evangélico, Bolsonaro diz que “tudo tem limite”

'Não desejo provocar rupturas, mas tudo tem limite', disse Bolsonaro, acrescentando que não há chance de ser preso

Foto: Alan Santos/ PR)
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Presidente Jair Bolsonaro participou de culto evangélico em Goiânia, neste sábado (28/8)

28 agosto, 2021

Goiânia (GO) -  O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (28/8) que não deseja dar golpe ou causar ruptura, mas que “tudo tem limite”. “Temos um presidente que não deseja nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso”, disse o presidente durante culto na Assembleia de Deus, em Goiânia. Bolsonaro cogitou três possibilidades para seu futuro: “estar preso, ser morto ou a vitória”.  Por outro lado, afirmou que não há chance de ser preso. “Nenhum homem aqui na terra vai me amedrontar”. “Vivo? Dependo de Deus. Uma vitória, ao lado de vocês”, disse. Durante o evento, ele também estimulou as lideranças evangélicas a participarem de atos pró-governo marcados para o feriado de 7 de setembro. “Sei que a grande, grande maioria dos líderes evangélicos vão participar desse movimento de 7 de Setembro. E assim tem de fazê-lo. Está garantido em nossa Constituição. Espero que não queiram tomar medidas para conter esse moimento”, disse. Aos apoiadores, o presidente negou intenção de dar um golpe. “Eu já sou o presidente. Vou querer dar um golpe em mim mesmo?” Bolsonaro também criticou ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que atingiram bolsonaristas. O presidente tem convocado a população a atos pró-governo no feriado de 7 de setembro, em meio a uma crise institucional causada por ele mesmo. O chefe do Executivo tem dado declarações golpistas, indicando que as eleições de 2022 podem não ocorrer caso seja mantido o sistema de votação com as urnas eletrônicas. A Câmara rejeitou a PEC do voto impresso. Mais cedo, o presidente provocou aglomeração, sem máscara, em uma barraca onde ele parou para tomar caldo de cana e abraçar apoiadores, inclusive crianças.