Sábado, 30 de
Novembro de 2024
Brasil

Barrados no balie

Delegação brasileira de membros da Universal é barrada pelo presidente da Angola

Igreja Universal do Reino de Deus enfrenta crise em Angola e pressiona o governo Bolsonaro para intervir

Foto: REUTERS/Eduardo Munoz
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Presidente de Angola, João Manuel Lourenço, se recusou a receber parlamentares brasileiros

20 julho, 2021

Luanda  (Angola) - João Manuel Lourenço, presidente da Angola, rejeitou receber uma delegação de parlamentares brasileiros que viajava ao país para representar a Igreja Universal do Reino de Deus. As informações são da Folha de S. Paulo. A missão era liderada pelo deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP), bispo licenciado da Universal. O vice-presidente Hamilton Mourão pediu para que João Manuel Lourenço se encontrasse com o grupo, após cobranças da igreja para que o governo se engajasse na defesa da instituição na Angola. Mourão estava em Luanda, capital angolana, na semana passada, participando da cúpula da CPLP (Comunidades dos Países de Língua Portuguesa), onde se encontrou com o presidente de Angola. A Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, tem enfrentado uma crise no país africano. Religiosos angolanos acusam missionários brasileiros de crimes financeiros. Agora, a bancada evangélica no Congresso Nacional tem cobrado que o governo de Jair Bolsonaro atue para defender a igreja. O governo brasileiro está preocupado com a queda do apoio da parcela evangélica da população. Foi o que levou Mourão a dialogar com Lourenço na CPLP. Segundo interlocutores ouvidos pela Folha de S. Paulo, o vice-presidente do Brasil pediu que o governo da Angola garantisse um tratamento justo à Universal nos processos judiciais e que o presidente recebesse os parlamentares evangélicos.No entanto, o presidente de Angola não mostrou disposição para atender aos pedidos. Segundo Lourenço, não seria adequado o Poder Executivo local receber a delegação de parlamentares brasileiros. Eles poderiam ser recebidos pelo Congresso de Angola, caso fossem convidados, sinalizou o presidente.