Domingo, 24 de
Novembro de 2024
Brasil

Sujo

De FHC sobre Lula: "Ele continua ficha suja; é hora do centro progressista

Fernando Henrique (FHC) disse ser improvável que Lula volte para a cadeia

Imagem: Lula Marques/Folhapress
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01.jan.2003 - O presidente eleito Luis Inacio Lula da Silva (PT) recebe a faixa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, durante cerimônia de posse, no parlatório do Palácio do Planalto, em Brasília (DF)

26 janeiro, 2020

São Paulo (SP) - Terminado o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ocorreu o mesmo que no PT de Luiz Inácio Lula da Silva: ninguém conseguiu assumir a liderança real do PSDB. Os candidatos à Presidência da República pelo partido que se seguiram não emplacaram. Nem José Serra, nem Aécio Neves, nem Geraldo Alckmin, e nem mesmo o atual mais provável candidato, o governador João Doria, de São Paulo. E, como Lula no PT, FHC continua sendo a voz mais ouvida entre os tucanos. O blog resolveu, então, perguntar ao ex-presidente da República qual o resultado, para as eleições de 2022 e de 2020, da provável liberação do petista da prisão, após a decisão do STF desta quinta-feira, 7.  Fernando Henrique disse ser improvável que Lula volte para a cadeia. "O STF deixou a liberação dos condenados nas mãos das instâncias inferiores: em tese, cadeia só com trânsito julgado; salvo se os julgadores explicitarem o contrário. Haverá pedidos de liberação. Acho difícil, no caso do Lula, uma decisão pela continuidade da prisão", afirmou. Mas o ex-presidente tucano faz uma ressalva importante, do ponto de vista legal: "Lula, contudo, continua tendo 'ficha suja'. Em tese não poderia se candidatar. Poderá agir politicamente e tem competência para tal." E aí?, pergunta o blog. "O jogo dependerá dos demais candidatos, do que disserem e representarem", respondeu. Como o PSDB deverá agir? A proposta de Fernando Henrique Cardoso é insistir numa grande aliança pelo centro. Ou seja, uma opção contra o conservadorismo de Bolsonaro, contra o ultraliberalismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, e contra o esquerdismo do PT. "Mais do que nunca se torna necessário uma aliança em torno de alguém que represente o que chamo de um centro liberal, democrático e progressista. Que respeite as forças do mercado, mas entenda que as pessoas existem. Que tenha lado e não acredite que a pobreza e a miséria desaparecem quando o mercado vai para as alturas", professa. Mas, cá pra nós, haverá tal aliança? Ele responde: "Não sei. "Não sei. Política não é um recurso 'natural'. Depende também da criatividade e do empenho dos humanos..."

Fonte: UOL / Poptvnews

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL