Brasília (DF) - Pesquisa realizada por um consórcio formado por UFMG, Iesp/Uerj, Unicamp, UnB, USP, UFPR, UFPE, Unama e IPEA e as estrangeiras (CES/UC e UBA) mostra que cresceu a rejeição a um golpe militar no Brasil e aumentou a confiança no Congresso e no Exército. Essas informações fazem parte da terceira rodada anual da pesquisa, que vai ao ar pelo jornal Valor Econômico e também pelo UOL. No caso do golpe militar por causa da violência no país, 41,2% reprovaram essa ideia em 2018, passando a 55,8% em 2019, chegando agora a 69,6%. Já o índice de quem apoiaria um golpe neste caso caiu de 53,3% em 2018 a 25,3% em 2020. Já a reprovação por uma interv enção militar para frear casos de corrupção cresceu 46,4% (2018) a 56,6% (2019), chegando 65,2% neste ano. Na questão de fechar o Congresso por parte do presidente “quando o país está enfrentando dificuldades”, 78% disseram ser contra, contra 71% em 2019. Os que apoiam isso caíram de 21,3% em 2019 a 17,3% em 2020. Por outro lado, a insatisfação com a democracia também cresceu: em 2020, 17,4% dos entrevistados se declararam satisfeitos com a democracia brasileira, contra 31% em 2019. O índice de pessoas que não confia no Congresso caiu de 50,2% em 2019 a 37,3% em 2020. Quanto ao Exército, houve queda na taxa de quem não confia na instituição - de 23,5% em 2019 a 16,1% em 2020. Já Judiciário registrou crescimento nos índices das pessoas que “confiam muito” e “confiam mais ou menos”: de 8,3% (2019) a 13,6% (2020) e de 28% a 39,4%, respectivamente. Os que não confiam caíram de 38,2% a 21%.
Coronavírus
67,7% disseram concordar que governadores e prefeitos devem ter autonomia para tomar medidas para enfrentar a pandemia e 19,5% disseram que isso é atribuição do governo federal. Sobre a atuação do governo federal na crise, 55,4% concordaram que Jair Bolsonaro "deu pouca importância ao impacto do novo coronavírus". Já 49,6% dos entrevistados afirmaram que têm saído de casa tomando os cuidados necessários, 37,4% disseram só sair de casa quando é inevitável e 3,7% das pessoas não mudaram sua rotina. O Instituto da Democracia ouviu mil pessoas por telefone, entre 30 de maio e 5 de junho. A margem de erro é de 3,1 pontos.
Fontes: UOL / www.poptvnews.com.br