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Novembro de 2024
Brasil

Prisão

CPI da Covid: Renan diz que pedirá prisão de Wajngarten

Apesar do pedido, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pediu cautela

Foto: REUTERS/Adriano Machado
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Fabio Wajngarten prestou depimento à CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12/5)

12 maio, 2021

Brasília (DF) -  O relator da CPI da Covid no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou que pedirá a prisão do ex-secretário de comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, por mentir durante depoimento na CPI da Covid.  Apesar do pedido, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), pediu cautela e diz que não irá mandar prender Wajngarten. "Fazer dessa CPI um tribunal de prisão, por favor, eu não farei isso. Não serei carcereiro". Senadores pedem reconvocação de Queiroga após matéria apontar entrega de cloroquina em SP durante sua gestão. Entre os motivos justificados por Renan Calheiros para pedido de prisão, está, por exemplo, a mudança de versão dada por Wajngarten na negociação para compra de vacinas da Pfizer. 

Wajngarten muda versão da entrevista
Na quarta-feira (12/5), ele negou que tenha participado de negociações para a compra de vacinas da Pfizer. "Em nenhum momento a Secom (Secretaria de Comunicação) negociou valores, negociou condições contratuais", disse Wajngarten, ao ser questionado por Renan Calheiros. Por outro lado, ele afirmou ter condições técnicas de fazer a negociação. "Primeiro porque minha formação é jurídica, segundo porque tenho experiência na negociação de contratos internacionais", declarou. A fala de Wajngarten na CPI contraria o que ele disse em entrevista à revista Veja. À publicação, o ex-secretário afirmou: "Me coloquei à disposição para negociar com a empresa, antevendo o que estava para acontecer: o presidente seria atacado e responsabilizado pelas mortes. A vacina da Pfizer era a mais promissora, com altos índices de eficácia, segundo os estudos". Em abril, ele ainda revelou que as negociações avançaram. Na CPI, a postura foi diferente. "Não participei de negociação propriamente dita, eu quis encurtar e aproximar pontas, diante de uma carta que não foi respondida. E a comunicação sofria com isso, diante dos questionamentos que recebíamos", afirmou nesta quarta-feira. Wajngarten ainda negou que a Pfizer tenha oferecido 70 milhões de doses da vacina contra a covid-19. O ex-Secom falou em um número "irrisório" de 500 mil doses do imunizante. "Isso foi objeto de grande discussão minha com a Pfizer, porque eu sempre busquei mais vacina no menor prazo", disse Wajngarten.