Rio de Janeiro (RJ) - Uma nova denúncia torna o caso do grupo de pedófilos formado por 11 homens, entre eles o coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro Pedro Chavarry Duarte, ainda mais impactante. Segundo a Polícia Militar do Rio de Janeiro, uma criança e um adolescente, vítimas dos crimes cometidos por Chavarry e seu grupo, eram levadas para o local onde ocorriam os estupros vendadas e com fitas adesivas tapando suas bocas. De acordo com o Ministério Público, os crimes aconteciam em locais de encontros para apreciadores de carros antigos. As duas vítimas, que eram irmãos, foram “agenciadas” pelo pai e avô. Em 2016, o coronel reformado Pedro Chavarry Duarte já havia sido condenado por estuprar uma menina de 2 anos. Agora ele é investigado junto com outros 10 homens por usar uma casa na Zona Norte para abusar sexualmente dos irmãos. As investigações começaram quando um parente da criança e do adolescente procurou a delegacia. A criança reconheceu Chavarry em uma das reportagens veiculadas na imprensa e acabou revelando que já havia sido abusada pelo militar. Ao todo foram 11 pessoas denunciadas pelo MP estadual pelo crime de estupro de vulnerável e todas respondem a um processo. Nove delas estão presas e dois suspeitos permanecem foragidos. Testemunhas que prestaram depoimento relataram que as vítimas apanhavam e eram ameaçadas para que não contassem sobre os crimes. O avô, segundo os depoimentos, ainda filmava os estupros. Um exame de corpo de delito feito pelo Instituto Médico Legal constatou que a criança vítima dos estupros já não era mais virgem. Também foi constatado que ela foi agredida. O coronel Pedro Chavarry é acusado também de ter estuprado os dois irmãos dentro do seu próprio veículo, além do local escolhido pelo grupo. De acordo com a investigação, os abusos aconteceram antes de sua primeira prisão. Neste caso, ele foi flagrado em seu carro com uma menina de dois anos. Ela estava nua e com a calcinha revirada. O militar foi autuado em flagrante por estupro e foi condenado pelo crime. mApesar dos fatos, Chavarry ainda integra os quadros da PM e recebe salário do estado. Em agosto deste ano, ele ganhou R$34mil. Foi apenas em abril, dois anos e sete meses depois da sua prisão, que a PM concluiu o processo disciplinar contra o coronel e pediu sua demissão.