Com 30 partidos já registrados, o Brasil conta atualmente com uma lista de outras 25 siglas que aguardam liberação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Levantamento feito por O Antagonista apontou que os pedidos são para diferentes causas e crenças, como segurança privada, juventude e republicano cristão, por exemplo. Para a criação de uma nova legenda, é preciso antes adquirir personalidade jurídica e registrar o estatuto no TSE. Em seguida, a sigla precisa reunir assinaturas de eleitores não filiados a outro partido, correspondente, a, pelo menos, 0,5% dos votos dados na última eleição geral para a Câmara dos Deputados. Ou seja, o equivalente a 547 mil assinaturas distribuídos por um terço ou mais dos estados. Atualmente, todos os partidos que buscam criação estão em fase de coleta de assinaturas. Em consulta ao sistema do TSE, O Antagonista constatou que nenhuma sigla superou a marca de 3 mil apoios até a segunda-feira (15/1). Para disputar as eleições municipais deste ano, marcadas para outubro, os partidos devem receber o aval da Justiça até seis meses antes, ou seja, em abril.
Veja abaixo a lista de partidos que aguardam liberação do TSE:
CONSCIÊNCIA
CD – CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA
DEFENSORES
DB – DEMOCRACIA BRASIL
EDUCA BRASIL
JUVENTUDE
MCB – MOVIMENTO CONSCIÊNCIA BRASIL
MEB – MOVIMENTO ESPERANÇA BRASIL
ORDEM
AFRO – PARTIDO AFROBRASILIDADE
AMBIENTALISTAS
ARTIGO UM
PBN – PARTIDO BRASIL NOVO
EDUC – PARTIDO DA EDUCAÇÃO
PSP – PARTIDO DA SEGURANÇA PRIVADA
PDS – PARTIDO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
MISSÃO
NAC – PARTIDO NACIONAL
PTB – PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO
RBR – RENOVA BRASIL
RCB – REPUBLICANO CRISTÃO BRASILEIRO
USB – UNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
UDN – UNIÃO DEMOCRÁTICA NACIONAL
UPB – UNIÃO PELO BRASIL
UTB – UNIÃO TRABALHISTA BRASILEIRA
Bolsonaro tentou criar o Aliança Pelo Brasil
A lista de pedidos que aguardam liberação pelo TSE não conta com o Aliança Brasil, legenda que o então presidente tentou criar em 2019, depois de deixar o PSL. O pedido foi excluído pela Justiça Eleitoral em 2022, depois de reunir apenas 183 mil assinaturas, quando eram necessárias ao menos 492 mil. Sem conseguir tirar o Aliança Brasil do papel, Bolsonaro acabou se filiando ao PL para disputar a reeleição em 2022. A sigla elegeu a maior bancada da Câmara, com 99 deputados, mas o então presidente acabou sendo derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).