Rio de Janeiro (RJ) - Nos últimos dias, uma candidata a vereadora do Rio de Janeiro viralizou nas redes sociais. Não pelas propostas para a cidade, mas pelo nome: Capitã Cloroquina. É muito comum que em eleições para cargos legislativos, candidatos se valham do humor e nomes incomuns para chamar atenção. A Capitã Cloroquina é apenas um exemplo, mas há muitos outros, como o Ferreira do Suvacão e a Ângela do Zé Rolinha. Na avaliação de Roberto Gondo, professor de Comunicação Política na Universidade Presbiteriana Mackenzie, avalia esse tipo de recurso como comum, até mesmo fora do Brasil. “Isso é normal dentro da liberdade que o sistema dá para o candidato escolher o nome da candidatura”, explica. Roberto Gondo ainda lembra que o recurso do humor no nome pode atrair pessoas pela falta de educação política. “Os candidatos acham que podem atrair mais votos, ou até atrais aquele voto que seria jogado foram, que não é um voto de escolha em um gestor ou em um legislador de qualidade”, avalia. Para as legendas, avalia Gondo, não há problemas em aceitar esse tipo de nome “engraçados” de candidatos. Não há riscos e, na pior das hipóteses, ajuda os partidos a melhorarem o quociente eleitoral. No entanto, Gondo lembra que os nomes fazem mais parte do processo eleitoral do que da legislatura: poucos acabam eleitos. Nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, não há qualquer vereador com nomes diferentes, no máximo apelidos. Já em Belo Horizonte há alguns vereadores atípicos, como Bim da Ambulância, o Dimas da Ambulância e o Eduardo da Ambulância, além do Pedrão do Depósito. “Faz parte desse ato teatral do sistema político, expressa uma limitação de formação política do brasileiro, mas ela não expressa nos resultados finais esses candidatos efetivamente eleitos.”
Fontes: www.poptvnews.com.br / Colaboradores