Sexta-feira, 22 de
Novembro de 2024
Brasil

Pesquisa

Brasil dividido sobre a possível prisão de Bolsonaro

Uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest indica que 41% dos brasileiros acreditam na prisão do ex-presidente; 43% não apostam nisso

Foto: Adriano Machado/O Antagonista
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43% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro (foto) não será preso e 16% não opinaram

18 agosto, 2023

Pesquisa divulgada pela Genial/Quaest nesta sexta-feira indica que 41% dos brasileiros acreditam na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como resultado da investigação sobre a venda de joias recebidas de governos estrangeiros por aliados do ex-presidente. Por outro lado, 43% acreditam que Bolsonaro não vai ser preso e 16% não opinaram. Ou seja, o país está dividido mais uma vez. Seguindo o levantamento, 66% dos brasileiros estão acompanhando as notícias sobre a venda das dos presentes recebidos de governos estrangeiros. A pesquisa também dividiu eleitores de Lula e Bolsonaro em um dos questionamentos. Para 68% daqueles que votaram no direitista, ele não deveria ser detido -  19% acham que sim e 13% não responderam. Já 62% dos eleitores do petista acreditam que o ex-presidente deve ser preso; 24%, que não. Na noite de quinta-feira (17/8), o advogado do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, disse que seu cliente vai confessar que participou do esquema de compra e venda das joias recebidas como presentes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante o seu mandato. O defensor Cezar Bitencourt explicou que Cid não vai acusar o ex-presidente diretamente, mas que apenas seguiu ordens. “Não vou falar [que foi a pedido de Bolsonaro], isso está implícito. Assessor obedece ordens, assessor não tem autonomia para o que quiser. O que ele faz? Ele assessora. Segue o caminho do chefe. ‘Resolve esse problema’, ele vai resolver. ‘Faz isso’,  e ele vai fazer. Qual o interesse ele teria em fazer isso [vender e comprar as joias]? Nenhum, né?”, disse Bitencourt, explicando que não vai acusar diretamente o ex-presidente da República.

Defesa de Bolsonaro

À Folha de S. Paulo, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, disse que a confissão de Cid não muda nada a situação do ex-presidente e que a venda das é autorizada pela Lei 8394, de 1991. “Os documentos que constituem o acervo presidencial privado são na sua origem, de propriedade do presidente da República, inclusive para fins de herança, doação ou venda”, diz o artigo 2º da legislação.