Brasília (DF) - O presidente Jair Bolsonaro questionou, nesta segunda-feira (8), na saída do Palácio da Alvorada, quem poderia assumir a Presidência em caso de impeachment. Na avaliação dele, não existe um substituto que poderia resolver os problemas do país. "Agora vem uns outros e querem impeachment. Vai resolver o quê? Quer tirar a mim e colocar quem no lugar? 'Esse quem' podia nos ajudar com soluções agora. Eu tenho humildade para acolher qualquer sugestão, qualquer uma, seja qual for. A gente estuda", afirmou. Mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro já foram apresentados na Câmara. O chefe do Executivo também criticou a política de fechamento como medida de combate à pandemia do coronavírus nos estados. "Tem alguns locais ainda que estão com essa política de fecha tudo, não dá certo. Já disse lá atrás que o vírus e o desemprego são dois problemas que têm que se combater. O desemprego também mata, depressão, suicídio, outras doenças também.. Cada vez mais está se represando cirurgias que deveriam ter sido feitas lá atrás e não fizeram só em nome do vírus", alegou. O mandatário ainda aproveitou para fazer críticas ao ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estaria “encarnando a verdadeira oposição” ao seu governo. "Tem esses caras que falam que eu sou insensível às mortes. Eu sou sensível a qualquer morte não interessa qual seja a causa. Parece que esses caras que falam isso não vão morrer nunca. Tem que buscar solução. Graças a Deus mudou o comando da Câmara. Hoje tem declarações da imprensa, esse cara que saiu da Câmara parece que vai encarnar a verdadeira oposição a meu governo. Ele não tem que ser oposição ao meu governo, tem que ser favorável ao Brasil. Enquanto se faz política barata o povo sofre", declarou a apoiadores. Ao comentar sobre o aumento nos itens da cesta básica, Bolsonaro justificou que as mudanças nos valores não dependem apenas dele. "Outra coisa que é complicado os produtos da cesta básica, os mais essenciais, em especial, o óleo de soja, subiram em média 20%. Então o povo está empobrecendo, perdendo seu poder de compra. Temos que buscar uma solução para isso. Não passa apenas pelo presidente. Hoje (8/2), conversei com o novo presidente da Câmara [Lira]. Devemos nos encontrar nas próximas horas, no máximo amanhã (9/2). Quer resolver também. Mas são soluções que não são fáceis de resolver", disse.
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