Brasília (DF) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem perdido parte do apoio dos caminhoneiros, busca encontrar meios de recuperar seu eleitorado e também quer evitar uma mobilização para a greve prevista para o próximo dia 1º de fevereiro. Com isso, o governo pode dar prioridade a caminhoneiros na vacinação contra a Covid-19. De acordo com o UOL, Bolsonaro teria sido aconselhado a verificar as chances de adicinar os caminhoneiros no cronograma de prioridade da vacinação. No último dia 18, o ministério da Infraestrutura, Trânsito e Transportes Tarcísio Freitas publicou um informe ténico para colocar a categoria na lista. “[...] O informe técnico da instituição determina que também estarão na lista de prioridade os caminhoneiros; portuários, incluindo trabalhadores da área administrativa; funcionários das companhias aéreas nacionais; funcionários de empresas metroferroviárias de passageiros e de cargas; funcionários de empresas brasileiras de navegação; e motoristas e cobradores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso”, diz trecho do texto publicado no site oficial da pasta. Segundo o ministério, para se vacinar, os trabalhadores precisarão comprovar, por meio de documentação, que possuem vínculo ou fazem parte desses grupos. Ainda segundo a pasta, a logística e data para início desses grupos prioritários da vacinação está a cargo do Ministério da Saúde. Segundo o UOL, a ideia, no momento, é incluir os caminhoneiros no grupo prioritário logo depois de profissionais de saúde, idosos e indígenas. A avaliação está em andamento comandado pelo general Eduardo Pazuello.
Conversa com categoria
Na semana passada, o presidente disse que havia conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para zerar a tarifa de importação de pneus em uma tentativa de atrair novamente a categoria. Em reunião nesta quarta-feira (20), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou imposto de importação para pneus de transportes. O Brasil tem disponível 6 milhões de doses de uma única vacina contra a Covid-19, a CoronaVac. A fase preliminar da vacinação contempla idosos e deficientes que vivem em asilos e outras instituições, indígenas aldeados e profissionais de saúde. A segunda, pessoas de 60 a 74 anos. Já a terceira prevê a imunização de portadores de comorbidades que aumentam as chances de agravamento da doença. As doses da vacina AstraZeneca da Índia, produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz, também foi aprovada pela Anvisa e as primeiras doses devem chegar ao Brasil ainda nesta sexta-feira (22/1).