"Na rua pela democracia, pela liberdade, pela família." O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta na mobilização popular, convocando seus apoiadores à Avenida Paulista, principal via da cidade de São Paulo, onde espera reunir 500 mil pessoas. Nas intenções do líder nacionalista - que está no centro de uma investigação por golpe de Estado, o que também pode resultar em sua prisão, e já foi declarado inelegível - o evento é um ato de força para medir seu índice de popularidade no país. No entanto, segundo alguns observadores, também representa um teste para o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfrenta polêmicas e um pedido de impeachment da oposição, devido à crise diplomática com Israel, depois de ter feito um paralelo entre as ações do governo de Benjamin Netanyahu em Gaza e o Holocausto de Adolf Hitler. Apesar de o início do evento estar previsto para a tarde, já pela manhã deste domingo (25-2) diversos grupos de apoiadores com camisetas verde e amarelas e envoltos na bandeira de Israel começaram a chegar à Paulista. O grande organizador do desfile é o poderoso pastor evangélico Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro em várias batalhas políticas, que alugou três palcos móveis de onde, além do ex-presidente, são esperados discursos de deputados, governadores e uma oração da ex-primeira-dama Michelle. Segundo as expectativas, o discurso de Bolsonaro durará cerca de meia hora e será dividido em três blocos de dez minutos, abordando também o que o líder de direita aponta como "perseguições em curso contra ele".
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