Sábado, 21 de
Setembro de 2024
Brasil

Vacinação

Ao contrário de Bolsonaro, Lula vacina contra o coronavírus

O ex-presidente Lula (PT) recebe primeira dose da vacina contra o coronavírus

Foto: Divulgação
post
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

13 março, 2021

São Bernardo do Campo (SP) -  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de 75 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus na manhã deste sábado (13/3), em São Bernardo do Campo (SP), seu berço político. A cidade do ABC paulista antecipou a campanha de imunização em idosos de 75 e 76 anos, que pelo calendário estadual começaria na próxima segunda-feira. Acompanhado do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff, Lula dirigiu-se a um drive-thru para receber a primeira dose do imunizante. A aplicação da vacina foi transmitida nas redes sociais do presidente. Na quarta-feira (10/3) Lula defendeu a vacinação e pediu para os brasileiros não seguirem “nenhuma decisão imbecil do presidente” Jair Bolsonaro (sem partido), que desestimulou a vacinação contra o coronavírus, única forma eficaz para frear a pandemia que matou mais de 275 mil brasileiros em um ano. “Não me importa de que país, não me importa se é duas ou uma e quero fazer propaganda pro povo brasileiro. Não siga nenhuma decisão imbecil do presidente da República ou do ministro da Saúde. Tome vacina. Tome vacina porque a vacina é uma das coisas que pode livrar você do Covid. Mas, mesmo tomando vacina, não ache que pode tomar vacina e já tirar a camisa, ir pro boteco pedir uma cerveja gelada e ficar conversando. Não. Precisa continuar fazendo o isolamento e continuar usando máscara e álcool gel. Pelo amor de Deus”, afirmou. A fala pública do ex-presidente aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, também em São Bernardo do Campo, mesmo local em que falou a apoiadores momentos antes de ir para a prisão em Curitiba, em abril de 2018. Na última segunda (8/3) o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou todas as condenações do petista pela Justiça Federal no Paraná relacionadas às investigações da Operação Lava Jato e, consequentemente, restabeleceu os direitos políticos do ex-presidente. Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula impetrado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula.