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Brasil

Desigualdades

1,3 mil famílias foram despejadas durante a pandemia em São Paulo

As ações de remoção dobraram durante a pandemia, na Grande São Paulo. Famílias expulsas não receberam uma alternativa de habitação

Foto: Agência Brasil
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As famílias que foram expulsas não receberam uma alternativa para outra habitação

16 agosto, 2020

Por Isabela Alves

São Paulo (SP) - Entre abril e junho de 2020, 1,3 mil famílias foram removidas e despejadas das suas casas na Região Metropolitana de São Paulo, em plena pandemia de Covid-19. Os dados são de um levantamento realizado pelo Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (Labcidade), da Universidade de São Paulo (USP). Em comparação com o período de janeiro a março, o número de remoções dobrou. As famílias que foram expulsas não receberam uma alternativa para outra habitação. Essa ação fez com que essas famílias ficassem ainda mais vulneráveis ao novo coronavírus.  Segundo o Labcidade, a maior parte dessas remoções foi feita sob ordens do Poder Judiciário. Em junho, na Vila Roseira 2, na zona leste de São Paulo, a decisão da Justiça foi dada em caráter de urgência, sendo que o uso da força policial foi autorizado. Ainda, a pesquisa aponta que a crise econômica fez com que novas ocupações começassem a surgir. Uma delas ocorreu em maio no distrito de Vila Medeiros, zona norte de São Paulo, quando 400 famílias que viviam de aluguel em bairros do entorno não estavam mais conseguindo arcar com os custos da moradia. Em resposta, a Secretaria Municipal de Habitação disse que a maioria dos pedidos de reintegração de posse não é de áreas públicas, mas, sim, de áreas particulares. Segundo o texto, a prefeitura atua em reintegrações de posse “apenas com mandado judicial quando demandado pelo Poder Judiciário. A exceção se dá em áreas de risco”.

Fontes: Agência Brasil / www.poptvnews.com.br