p/ Raimundo Lira
Palmas (TO- Tocantins conquista novos mercados e aumenta as exportações de carnes e seus derivados, para países dos continentes: europeu, asiático, africano e Emirados Árabes Unidos. As exportações de carnes e derivados do Tocantins nestes primeiros dez meses do ano de 2019 superou os US$11 milhões – números expressivos e animadores, avalia o presidente executivo do Sindicato de Carnes do Tocantins Gilson Ney Bueno Cabral, explicando ainda que o maior gargalo para exportar no Tocantins ainda é a logística: “ O nosso maior problema no Tocantins para exportar, está na logística. Exportar pelo Porto de Santos (SP) é mais seguro, porém muito caro, o ideal seria exportar pelo por Porto de Itaqui (MA), ao invés dos produtores embarcarem seus produtos para os mercados internacionais via Santos (SP)” – encerra. Esta lógica, segundo alguns pecuaristas tocantinenses, é praticamente um sonho; o sistema transmodal (Rodoviário, Hidroviário e Ferroviário) no Tocantins, não permite nem sonhar. O transporte hidroviário Araguaia/Tocantins por exemplo, é um projeto que, segundo o setor, não passa do papel; a Ferrovia Norte-Sul ainda não foi concluída e o trecho que está pronto, não atende a demanda. Então, o meio de transporte de cargas pesadas que serve o Tocantins é o tradicional, sistema rodoviário; ele é primário, superado e altamente deficitário, para os padrões modernos de transportes de cargas pesadas no Brasil e no mundo. Então, para alguns produtores exportadores e entidades classistas, toda esta situação, confirma plenamente a tese de que estas dificuldades do setor de transporte, não permitem se quer sonhar que o Tocantins irá em breve, exportar parte da sua produção pelo Porto de Itaqui (MA), com mais facilidade e preços de fretes mais baratos.
Rebanho
O rebanho bovino do Tocantins é superior a 8 milhões de cabeças de reses. Os cinco municípios que detém a maior concentração de bovinos estão localizados em diferentes regiões do Estado, como: Araguaçu no sudoeste com 363.085; Formoso do Araguaia também no sudoeste com 245.050; Araguaína no norte tem 242.090; Peixe no sul chega a 192.838 e Arraias no sudeste com 190.701, respectivamente. Os dados mostram ainda que 15 municípios, dos 139 existentes, atingiram 100% dos animais de acordo com Gilson Ney Bueno Cabral, presidente executivo do Sindicato das Carnes do Tocantins e garante: “ Nosso rebanho é grande em termos proporcionais, de alto genético, fator que facilitar a qualidade dos nossos produtos e as facilidades nos fechamento de negócios e na hora de exportar” – esclarece.
Industrialização
De acordo com informações do Sindicarnes, o estado do Tocantins possui um dos mais modernos parques industriais de processamentos de carnes do Brasil; fator que de acordo com avaliações de vários produtores, facilita a qualificação, a inspeção dos produtos e o processamento de carnes para exportação. Gilson Bueno presidente do Sindicarnes garante que o sistema de industrialização e processamentos da carne no Tocantins é moderno, perfeito e explica: “ Hoje temos um dos melhores e modernos parques industriais do Brasil. Nossos parques estão localizados em Alvorada, Gurupi, Paraíso do Tocantins e Araguaína; eles são modernos e contam com forte e diversificada linha produção, padrão de qualidade e são devidamente certificados pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Exportações
Os maiores compradores de carnes do Tocantins são: o Egito, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Irã, Argélia, Israel, Chile, Jordânia e Iraque. Entretanto, alguns criadores e exportadores também se queixam da questão da logística. Segundo alguns deles, exportar pelo porto de Santos (SP), é mais seguro porém muito mais caro, por causa do custo do frete. De acordo com alguns pecuaristas exportadores, o ideal seria exportar pelo Porto de Itaqui (MA); o frete seria mais barato, fator que flexibilizaria o preço final do produto. O presidente execuivo do Sindicarnes Gilson Ney Bueno Cabral, adianta que novos mercados irão se abrir; ele informa que recentemente a China e Rússia, começaram a comprar carnes do Tocantins: “ São dois mercados altamente exigentes, que vem para comprar muito e automaticamente qualificar nossa carne” – encerra Gilson Ney Bueno Cabral.