Chigado (EUA) - A últina sexta-feira (23) foi um dia de novas tensões políticas entre China e Estados Unidos. De um lado, o país asiático vai impor taxas adicionais de importação sobre bens norte-americanos incluindo automóveis, petróleo e soja. Do outro, os Estados Unidos responderam, elevando ainda mais as tarifas sobre produtos chineses. O presidente americano Donald Trump também pressiona para que empresas americanas encerrem operações na China. A soja está no centro da disputa, e, como resultado da guerra comercial, os produtores de soja brasileiros acabam sendo beneficiados. A valorização do dólar, prêmios em alta nos portos, o baixo excedente da soja brasileira e a expectativa de maiores demandas externa e interna têm impulsionado os preços da soja no Brasil. Os valores médios da parcial deste mês, inclusive, já são os maiores deste ano, em termos reais, segundo análise do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea). Aqui no Brasil, sexta-feira dia 23, os preços no porto de Paranaguá (PR), subiram 1,27%. Beneficiado pelo câmbio, a saca foi negociada a R$ 87,43, equivalente a US$ 21,24/saca. A variação mensal mostra alta de 13,12%. Na avaliação da consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio, as tarifas adicionais à soja e carnes norte-americanas só não beneficiam mais o Brasil neste momento porque há limites de oferta.
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