p/ Penaforte Diaz
Palmas (TO) - Representantes da Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do
Tocantins (Aproest) reuniram dia 11, no
plenarinho da Assembleia Legislativa, com o presidente da Casa, deputado
Antonio Andrade (PTB), parlamentares e autoridades da área. Na pauta, um
pedido de apoio para as demandas do setor agropecuário da região
Sudoeste do Estado. Entre as principais questões apresentadas está a captação de água na
bacia do Rio Formoso – um controle de vazão de águas criado pelos
produtores, para uso na agricultura irrigada, mas que está sendo
questionado pelo Ministério Público. Em defesa do projeto, eles apresentaram um vídeo sobre o sistema de
produção agrícola na Bacia, os avanços na estrutura da gestão hídrica e
dos investimentos em segurança no sistema, além de questionarem ações do
Ministério Público e de ambientalistas. Segundo o superintendente executivo da Aproest, Wagner Milhomem, a
produção agrícola do Tocantins está sendo prejudicada pela falta de
informações técnicas e científicas, por má vontade de alguns agentes.
“Estamos propondo uma nova forma de praticar a agricultura, buscando
entendimento para garantirmos produtividade e geração de empregos no
Estado” afirmou. Milhomem pediu à Assembleia apoio na criação de uma Câmera de Mediação e
de Conciliação de Conflitos Ambientais, a fim de intermediar questões
entre a Justiça e os órgãos fiscalizadores do meio ambiente. Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), César
Halum, é importante procurar o entendimento, com vistas a promover a
integração entre lavoura, pecuária e floresta. “É preciso conviver com o
contraditório e buscar o debate com domínio tecnológico e conhecimento
de causa”, sugeriu. Já o deputado Antonio Andrade afirmou que o Poder Legislativo tem
especial atenção com agronegócio e prometeu apoio aos produtores. Ele
sugeriu a instalação de um Comitê Gestor com o objetivo de mediar
efetivamente as questões do setor. “A saída econômica para o país está
no campo, e os produtores precisam ser ouvidos e vistos de forma
positiva, pois produzem alimentos, uma atividade essencial para a vida e
para a economia do nosso país”, afirmou. Por outro lado, o deputado Zé Roberto (PT) se contrapôs a algumas
explanações, alertando para o desmatamento em várias regiões do Estado e
criticando a pulverização de agrotóxicos por aviões, o que, segundo ele,
provoca danos ao meio ambiente e é prejudicial à saúde humana.
A preocupação do petista foi compartilhada pelo deputado Elenil da Penha
(MDB), que ponderou sobre a necessidade de avanço nas discussões com
apresentação de dados tecnicamente comprovados.
Diante das alegações, a presidente do Partido Verde, deputada Cláudia
Lelis, adiantou que vai elaborar um requerimento propondo uma audiência
pública em Lagoa da Confusão para ouvir os questionamentos das pessoas,
dos produtores e de todos os envolvidos e atingidos com a segmentação.
Participaram da reunião os deputados Ivan Vaqueiro (PPS), que presidiu a
reunião, Glydson Nato (PHS), Delegado Rérisson (DC), Olyntho Neto
(PSDB), Vilmar de Oliveira (Solidariedade), Zé Roberto, Valderez Castelo
Branco (PP), Cláudia Lelis (PV), Elenil da Penha (MDB), Junior Geo
(PROS) e Amália Santana (PT). Também prestigiaram o evento as seguintes autoridades: o presidente da
Aproest, Cleuber Marques de Oliveira, o procurador geral do Estado do
Tocantins, Nivair Vieira Borges; o deputado Eduardo do Dertins, que
atualmente responde pela Secretaria de Assuntos Estratégicos do
Tocantins; a secretária da infraestrutura, Juliana Passarim; além de
representantes do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), das
secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos; da Cidades e Habitação
e Universidade Federal do Tocantins.