Sexta-feira, 29 de
Março de 2024
Raimundo Lira
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por Raimundo Lira

Artigo

Comunicação, ineficiente e equivocada

Alguns  assessores de comunicação ou secretários ainda insistem em divulgar  as ações  governamentais, em sistemas de  rádios superados e canais de televisão sem audiências

Foto: Divulgação
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Plataformas de redes sociais

16 dezembro, 2019

p/Raimundo Lira

Um  dos políticos mais inteligentes e atuais que eu tive a oportunidade de acompanhá-lo, foi Barack Obama  ex-presidente  dos Estados Unidos da América (EUA).  Adepto das  ações sociais, Obama,  com poucos recursos financeiros, mas com uma visão de águia, usou o que havia de melhor  as redes sociais (o que  há de melhor  ), para  chegar à Casa Branca – centro das atenções do mundo.  Barack Obama foi o primeiro presidente norte-americano à utilizar as redes sociais para fazer sua campanha eleitoral (2008); acho até que ele  foi o único e primeiro em todo o  mundo. Na eleição presidencial de 2018,  o candidato à presidência da República Federativa do Brasil  Jair Messias Bolsonaro (PSL) - copiou Barack Obama - com pouquíssimo tempo no horário eleitoral, montou um quartel general (QG) acionou  as redes sociais, alavancou  sua campanha eleitoral  e se elegeu presidente do Brasil. Os  outros  candidatos – seus concorrentes -  ficaram falando para as nuvens através da comunicação   convencional e superada;   enquanto isto,  o então candidato Jair Bolsonaro, se comunicava com mais de 70 milhões de eleitores brasileiros 24 horas por dia, pelas redes sociais. O resultado da corrida presidencial, rumo ao  Palácio do Planalto em Brasília (DF), todo mundo sabe e as urnas eleitorais mostraram:  o candidato Jair Bolsonaro venceu a eleição de 2018, para presidente da República com mais de 52%  dos votos.    Diante do exposto, eu acho estranho que alguns gestores  de todos os níveis – Executivo, Legislativo e do Judiciário -  ainda subestimam o poder e a força dos sites e dos  blogs. Para se ter uma ideia, o  smartphone virou quase uma extensão das mãos das pessoas.  Uma pesquisa realizada em junho de 2019 pelo Instituto Qualibest  mostrou isso em números: 76% dos internautas brasileiros acessam as redes sociais pelo smartphone; 62% acessam pelo desktop (computador ou notebook) e 14% pelo tablet.   Mas, alguns  assessores de comunicação ou secretários – como queiram – ainda insistem em divulgar  as ações  governamentais, pelo sistema convencional – repito,  superado – em alguns sistemas de  rádios comunitárias e  canais de televisões  sem audiências, gastando milhões de reais, para não divulgarem absolutamente nada; estão jogando dinheiro do governo,  no lixo.  Aí o governador – mais especificamente -  lamenta  e chora  alegando que ele  faz  muito e o povo não vê. Aqui entre  nós, Senhor Governador, o erro não está na gestão de  Vossa Excelência: o calcanhar de Aquiles de sua administração,  está na  visão míope do seu secretário de comunicação social, que faz  uma  comunicação ineficiente e equivocada no seu governo, e nada mais!  Até o próximo.

Raimundo Lira é Jornalista e Internacionalista